A queda no tráfego de pessoas foi mais preocupante, e o índice de tráfego de clientes está em 99,6, indicando contração. Em fevereiro, esse índice era 4 pontos superior. Esta queda poderia ser considerada já esperada, devido à alta taxa de inflação nos serviços alimentícios.
O movimento e de restaurantes têm desacelerado nos Estados Unidos , o que não é boa notícia para a indústria de carne bovina e suína. Os últimos dados da Associação Nacional de Restaurantes indicaram que o Índice de Desempenho de Restaurantes (RPI, sigla em inglês) declinou novamente em setembro e agora está próximo do mesmo nível que estava há um ano.
Embora o setor de foodservice tenha melhorado em comparação à recessão econômica, tem sido difícil nos últimos três anos mostrar crescimento consistente. A volatilidade reflete tendências de mercado, como a alta taxa de desemprego e lento crescimento dos empregos impactando as vendas.
O indicador RPI reflete a condição do foodservice (restaurantes ) e índices acima de 100 indicam expansão, enquanto leitura abaixo de 100 indicam contração. Em setembro, o índice ficou em 100,4, sendo 0,3 pontos a menos que em agosto e quase 2 pontos a menos do que em março.
O cálculo para formação do indicador considera o mesmo peso para medidas das atuais condições e de previsões. O índice de condições atuais está em 99,9 pontos, e as expectativas para o índice eram maiores. Uma pesquisa mensal usada para construir o indicador mostrou que as vendas e o tráfego de pessoas nas mesmas lojas foram menores em setembro. Nestas mesmas lojas do índice de vendas ficou em 101,1, indicando que as vendas nas mesmas lojas aumentaram, porém foi menor que o valor de 104,5 registrado em fevereiro.
A queda no tráfego de pessoas foi mais preocupante, e o índice de tráfego de clientes está em 99,6, indicando contração. Em fevereiro, esse índice era 4 pontos superior. Esta queda poderia ser considerada já esperada, devido à alta taxa de inflação nos serviços alimentícios.
De acordo com o Census Bureau dos Estados Unidos, as vendas em restaurantes foram 5,7% maiores em setembro (elas cresceram 8,8% em março). Embora as vendas estejam melhorando, a principal razão para o aumento nas vendas no setor de foodservice é a inflação dos preços.
Os maiores custos, incluindo os maiores custos dos alimentos, forçaram os restaurantes a aumentar os preços dos cardápios. Isso é feito aumentando preços de produtos selecionados e reduzindo em outros. Isso permitiu que os restaurantes mantivessem as vendas nas mesmas lojas (apesar de o ritmo de crescimento ter desacelerado), mas tenham reduzido o número de pessoas que podem pagar para comer fora.
O segmento que está com mais dificuldade nesse ponto é o de restaurantes familiares. Entre as pessoas pesquisadas, 51% responderam indicando menor tráfego de clientes do que no ano anterior ,e somente 22% disseram que o tráfego aumentou. O segmento de melhor desempenho continua sendo o casual rápido, um híbrido entre os restaurantes de fast-food e os casuais. Nessa categoria, 60% dos participantes da pesquisa indicaram maior tráfego de pessoas e maiores vendas nas mesmas lojas que no ano anterior e somete 27% notaram declínios anuais.
Outra categoria que mostrou crescimento é o de restaurantes finos. Os negócios de fast-food, que foram lideres nos dois últimos anos, estão mostrando sinais de preocupação. Entre os pesquisados dessa categoria, a proporção entre aumento e queda das vendas e tráfego de clientes foi de 50%. Os operadores de fast-food estão lutando para reconquistar sua proposição de valor com maiores custos. Os baixos resultados de alguns destes principais restaurantes também são um indicativo da situação.
Os dados são do CME Group, publicados na Drovers, traduzidos e adaptado pela Equipe BeefPoint.