A Comissão Européia aprovou a proposta do comissário da Agricultura, Franz Fischler, de ampliar em 10 mil toneladas a cota de carne bovina exportada pela Argentina à União Européia (UE) – Cota Hilton. Fischler fez a proposta no início de março, e esta foi aprovada pela Comissão na segunda-feira passada. A proposta responde, ainda que não totalmente, ao pedido da Argentina de ampliar sua cota de exportações à UE deste tipo de carne, vendendo uma quantidade equivalente ao que não pôde exportar durante os 11 meses em que a exportação à Europa ficou proibida devido ao reaparecimento da febre aftosa em território argentino. Esta quantidade foi estimada em 22 mil toneladas.
“Considerando-se as graves dificuldades econômicas e sociais pelas quais estão passando alguns países fornecedores, devem ser tomadas disposições de abertura, como medida autônoma e a título temporário, de um contingente tarifário para a importação de 10 mil toneladas de carne bovina de alta qualidade, fresca, refrigerada ou congelada”, segundo a proposta da Comissão. O texto não cita a Argentina, mas entende-se que a medida está dirigida a este país.
Em seu pedido, a Argentina pretendia repartir a cota de 22 mil toneladas não enviadas durante os 11 meses a partir de julho de 2003, somando a essa a cota anual de exportação em vigência atualmente, que é de 28 mil toneladas. A solicitação argentina era uma das medidas comerciais temporárias pedidas à UE para enfrentar a crise econômica.
A UE decretou em março de 2001 um embargo à carne argentina, devido à febre aftosa. Os 15 países membros da UE concedem uma cota Hilton de 58,1 mil toneladas de carne de alta qualidade, com uma tarifa de importação de 20%, a Argentina, Estados Unidos e Canadá (11,5 mil toneladas cada um), Austrália (7 mil), Uruguai (6,3 mil), Brasil (5 mil) e Nova Zelândia (300).
Fonte: La Capital – Rosario, Santa Fé, adaptado por Equipe BeefPoint