O comissário europeu para Agricultura e Desenvolvimento Rural, Dacian Ciolos, defendeu na quarta-feira (06), no Congresso Mundial da Carne, em Paris, que questões como bem-estar animal e normas ambientais sejam levadas em conta em futuras negociações internacionais, já que essas são preocupações cada vez mais disseminadas pelo mundo.
O comissário europeu para Agricultura e Desenvolvimento Rural, Dacian Ciolos, defendeu na quarta-feira (06), no Congresso Mundial da Carne, em Paris, que questões como bem-estar animal e normas ambientais sejam levadas em conta em futuras negociações internacionais, já que essas são preocupações cada vez mais disseminadas pelo mundo.
Ele observou que a tema do bem-estar animal foi tratado na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), mas disse que alguns desses temas terão de ser discutidos em “outras instâncias”. “Em todo caso, será necessário discuti-los”, reforçou. Na avaliação do comissário europeu, não é mais possível “desenvolver as trocas comerciais sem levar em conta essas expectativas da sociedade, que não são mais específicas da Europa”.
O aumento de custos por conta de novas exigências é uma preocupação para produtores europeus de carnes, que vivem atualmente a expectativa de uma reforma da Política Agrícola Comum (PAC). Em entrevista, após sua fala no congresso, Ciolos disse que “a decisão final sobre a reforma da PAC sairá logo depois da decisão sobre o orçamento da União Europeia” e negou que haja atraso.
A nova reforma da PAC busca estimular uma agricultura sustentável no bloco, que reúne 27 países. Pela proposta, 30% dos pagamentos diretos da PAC serão reservados a propriedades que utilizarem práticas benéficas ao clima e ao ambiente, como diversificação de culturas e manutenção de pastagens permanentes.
Além disso, a reforma propõe limitar o apoio aos agricultores ativos a 300 mil euros por propriedade por ano e repartir os fundos de modo mais equitativo entre agricultores, regiões e países da UE. Quer ainda atrair jovens agricultores, apoiando aqueles com menos de 40 anos durante os primeiros cinco anos de atividade.
Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.