A diretoria-geral de Proteção ao Consumidor e à Saúde da Comissão Européia, órgão executivo da União Européia (UE), fez várias críticas ao Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov) adotado no Brasil, em relatório da missão que visitou Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás de 26 de abril a 6 de maio. A eficiência do sistema de defesa sanitária contra febre aftosa também foi questionada.
Os europeus consideraram o sistema de identificação e certificação como um processo ainda em fase inicial de implementação e criticaram os critérios adotados em sua implantação. A missão não encontrou, por exemplo, um procedimento para as certificadoras identificarem os dados dos animais individualmente e detectou deficiências quanto à operação de certificação em si e na supervisão da identificação animal.
A Comissão Européia cita ainda outros exemplos das deficiências no sistema de identificação do Sisbov, como problemas nos brincos de identificação, e relatou que os animais identificados são misturados a outros não rastreados.
Outra crítica foi à falta de um sistema de supervisão do governo da identificação dos animais nas propriedades.
Sobre o programa de vigilância contra febre aftosa, a missão constatou que a comprovação da vacinação é baseada só na “declaração do proprietário, não existindo sistema de controle específico implementado para avaliação desta declaração”.
Apesar disso, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Maçao Tadano, afirmou que a avaliação européia foi “melhor do o governo esperava”. “Não consideramos que o relatório trate a implementação do sistema de forma severa”, afirmou. Para ele, é “normal” que um sistema em fase de implementação sofra ajustes.
Fonte: O Estado de S.Paulo (por Eduardo Magossi), adaptado por Equipe BeefPoint