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Europeus duvidam de potencial agrícola brasileiro

O presidente da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu, Neil Parish, disse ontem não entender a conta feita pelo Brasil para sustentar que é possível ampliar simultaneamente as áreas para a produção de alimentos e de biocombustíveis.

O presidente da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu, Neil Parish, disse ontem não entender a conta feita pelo Brasil para sustentar que é possível ampliar simultaneamente as áreas para a produção de alimentos e de biocombustíveis.

O programa brasileiro de etanol tem sido apontado por organismos internacionais como um dos responsáveis pela escassez mundial de alimentos, argumento refutado por representantes do governo e da iniciativa privada, que afirmam haver no país áreas disponíveis para o cultivo de grãos e de cana.

No debate, o superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Ricardo Cotta, destacou que a produção brasileira de grãos, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 140,77 milhões de toneladas na safra atual, está “aquém da capacidade do país”. Segundo ele, os produtores brasileiros poderiam produzir mais se o governo investisse em logística para escoamento da produção.

Ontem, após reunir-se com a delegação do Parlamento Europeu que chegou ao Brasil no domingo, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse que o país tem a pretensão de aproveitar a alta dos preços dos alimentos no exterior para ampliar suas exportações, e apontou os Estados Unidos como “vilão” no contexto atual de alta das cotações.

Hoje os parlamentares participarão de uma reunião com deputados e senadores brasileiros. À tarde, viajarão para o município de Inhumas (GO), para visitar a Usina CentroÁlcool. Na quarta-feira o grupo visitará fazendas de pecuária no município de Campestre de Goiás, Palmeiras de Goiás e Nazário, todos em Goiás.

As informações são de Fabíola Salvador, do jornal O Estado de S.Paulo.

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