Como clientes, os europeus sequer cogitam mudanças nas regras de rastreabilidade exigidas para importar carne bovina do Brasil. Segundo o presidente da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu, Neil Parish, as regras firmadas entre ambos devem ser respeitadas. E acrescentou, em reunião realizada ontem (29), que sete vistorias feitas por veterinários europeus ao Brasil nos últimos anos constataram falhas no modelo brasileiro.
Como clientes, os europeus sequer cogitam mudanças nas regras de rastreabilidade exigidas para importar carne bovina do Brasil. Segundo o presidente da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Parlamento Europeu, Neil Parish, as regras firmadas entre ambos devem ser respeitadas. E acrescentou, em reunião realizada ontem (29), que sete vistorias feitas por veterinários europeus ao Brasil nos últimos anos constataram falhas no modelo brasileiro.
Segundo reportagem da Agência Estado, o parlamentar informou que o Brasil precisa criar um modelo de fiscalização do sistema de rastreabilidade. E garantiu que as exigências feitas ao Brasil não são tão severas quanto às aplicadas no bloco europeu.
Em defesa do Brasil, o deputado Onix Lorenzoni (DEM -RS) informou que o país vende carne bovina para mais de 180 países e que os brasileiros detêm 51% de todas plantas industriais do mundo. O deputado comentou, ainda, que os animais são avaliados pelos fiscais do Serviço de Inspeção Federal (SIF), antes e depois do abate. E que qualquer falta de conformidade resulta na desclassificação e destinação dos lotes para outra finalidade que não o consumo humano.
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Acredito que a Europa ou o mundo não estejam bem informados sobre a conjutura do agronegócio brasileiro.
É incrível a falta de raciocínio. Como nós estamos vendo os estoque de alimentos serem guardados a sete chaves e “estes” fazerem exigência; de que forma vamos apreciar esta notícia de Neil Parish. Nós é que devemos fazer exigências e “amenizar” este tipo de imposição.
Continuamos confundindo rastreabilidade com sanidade.
Os europeus estão reclamando do SISBOV e não do SIF e etc.
E o SISBOV já existe e é de fácil cumprimento para quem está interessado em gerenciar seu negócio de pecuária.
Com o SISBOV podemos avaliar a performance do processo de cria, recria e engorda medindo todas as caracteristicas de cada animal e relacionando estes dados com o tratamento dispensado ao mesmo.
Com o SISBOV poderiamos identificar a origem de algum problema no processo a partir da embalagem do produto final.
Isto já existe na indústria alimentícia brasileira há pelo menos 25 anos.
Afinal, não é isso que dizem ser a moderna pecuária, usar os mesmos métodos que já existem há décadas em outras formas de produção?
E, sejamos francos, não é nem difícil nem caro. É só ter vontade de fazer. E os senhores deputados fariam melhor se questionassem absurdos como a interdição do Estado de São Paulo por problemas de aftosa na divisa do Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
Acredito eu que o real problema é politico, pois vejo muitos declamarem coisas que ja sabemos, mas na realidade o que vemos é pouca ação para solução ou entendimento com os Europeus. Pois os mesmos estão pagando cada vez mais caro pela carne, cerca de 40%, e tenhamos a certeza que pessoas vão ficar sem o acesso a esta fonte de proteina.
O que esta acontecendo é que os Europeus como Zandebergen e outros estão comprando o que podem da america latina, quase nada do Brasil, muito do Uruguai, pouco agora da Argentina que tende a reestabelecer sua normalidade, apos o acordo que a associação de produtores com o gorverno de lá.
Infelismente o Brasil esta perdendo muito dinheiro com essa confusão politica. Vejamos tambem que o Ministerio irá contratar mais Fiscais. A Secretaria da Agricultura de São Paulo esta em fase final de contratação de Veterinarios e Agronomos para atuarem dentro do estado de SP, mas ainda falta o arranjo final para liberar a exportação para os Europeus, enquanto isso o tempo passa e ja estamos quase inicio de maio indo para meio do ano, sendo que isto poderia ter sido resolvido em poucos meses.
Deixo uma pergunta no ar, será que tudo no Brasil tem que ser assim? Ou será que teremos que fazer panelaço tambem.
Os europeus vão ter que aceitar o sistema sanitario brasileiro, que ja existe há muito tempo, comprovante da compra da vacina e comprovante de vacinação com cada categoria animal, nota de produtor, guia de transporte animal, que tem a fazenda de origem e o destino dos animais, todo controle existente dentro dos frigorificos, que hoje são os melhores do mundo, onde classificam cada carcaça.
Podemos melhorar algumas coisas, mas o sistema brasileiro ja existe e é eficiente.
Com toda esta rastreabilidade, na europa existe o mal da vaca louca, não podemos ceder, ou achar que de nada serve o que temos.
E por fim os frigorificos vão ter que fazer uma proposta muito boa para fazendas que fazem o cilclo completo, criam e engordam seus próprios animais, afim de fidelizarem e ter na mão, o tão exigido certificado de origem animal.
Enquanto este embargo interessar ao Governo Brasileiro, será muito difícil que o sistema funcione de maneira eficaz. O SISBOV não é um bicho de sete cabeças, é simplismente um processo de mudança cultural, e toda mudança exige atenção, dedicação e principalmente vontade de que aconteça. O SISBOV esbarra justamente aí, o produtor não tem vontade, pois não está sendo remunerado para isto, e o Governo não joga limpo com o produtor, mudando regras a cada espirro da UE, prejudicando quem paga sempre a conta, que é o produtor.
Com isso, criam-se falsas expectativas, e ilusões de que nossa carne não é boa, e que a UE não quer comprar….balela, eles não só querem, como precisam e estão comprando, esses boatos só interessam ao Governo para forçar queda de preços no mercado interno!
SISBOV, ferramenta política para intervencionismo do Governo na cadeia produtiva da carne bovina!
Por estes e outros motivos, é que “de vez em quando” concordo com o senador Ronaldo Caiado, um bloco que tem a carne suina proibida de vender para cinco paises, não tem moral para falar da carne brasileira, eles tem mais é que comer frango! E olha la?