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Excesso de bovinos poderá forçar o abate no Canadá

Diante de um excesso de bovinos, os produtores de carne do Canadá precisarão começar a abater seus animais caso as fronteiras do país com os principais parceiros comercias não sejam abertas logo, informaram especialistas e produtores da indústria pecuária canadense.

A única outra alternativa é mais que dobrar o consumo de carne bovina canadense para cerca de 35 quilos por pessoa ao ano e aumentar o abate de bovinos nos frigoríficos do país.

Cor Van Raay, representante do maior estabelecimento de engorda de gado bovino do Canadá (Picture Butte), disse que os frigoríficos não serão capazes de abater todos os animais, especialmente quando o excesso de oferta atingir seu pico, no final de julho e começo de agosto.

A analista de mercado do Canfax, em Calgary, Anne Dunford, disse que a despopulação de rebanhos e de estabelecimentos de engorda foi sugerida pelo governo federal do Canadá após o surgimento de um único caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como doença da “vaca louca”, descoberto na Província de Alberta em 20 de maio. Porém, o governo rejeitou a idéia porque teria que pagar compensação.

Dunford disse que os frigoríficos canadenses abatiam cerca de 70 mil bovinos de corte toda semana antes da descoberta do caso de EEB. Nas cinco semanas depois de 20 de maio, o abate nacional caiu para cerca de 28 mil a 39 mil por semana. “Eu espero que os abates cheguem próximo a 50 mil por semana, que são necessários para satisfazer a demanda da carcaça-média (cortes de qualidade de carne bovina) pelos consumidores canadenses”.

Porém, segundo ela, isso não reduzirá o atual excesso de oferta de gado. Isso demandaria um abate de 80 mil animais por semana, e deverá levar meses.

Fonte: The Globe and Mail, adaptado por Equipe BeefPoint

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