Um dos seis maiores do mundo, os números mostram por que é atraente o potencial do mercado veterinário brasileiro. A pecuária movimenta R$ 55 bilhões por ano. Em 2004, segundo o IBGE, um rebanho de 195,5 milhões de bovinos produziu 7,8 milhões de toneladas de carne e 22 bilhões de litros de leite. Ao todo, são mais de 1 milhão de produtores, dos quais cerca de 350 mil efetivamente vivem da atividade. O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina, sem falar da avicultura e da suinocultura. Em 2004, em dólares, o faturamento da indústria deve crescer 14% ante 2003, com US$ 700 milhões, na estimativa de Emilio Salani, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan). O aumento previsto é de 7%, com R$ 2 bilhões.
Devido ao peso da carne bovina nas exportações, a pecuária aqueceu a demanda por vacinas obrigatórias – aftosa e brucelose. “O boom de exportações de proteínas branca e vermelha foi decisivo para a indústria”, diz Salani. Neste ano, as vendas de vacinas contra febre aftosa podem somar 340 milhões de doses, 3,65% mais que em 2003. No segmento avícola, a receita cresceu com a demanda internacional.
Para Salani, embora favorável à indústria, que importa quase todos os princípios ativos, o câmbio não ajudou os exportadores. Mas a estabilidade econômica é decisiva para estimular o investimento dos produtores, já que a saúde dos animais significa maior lucro. E são baixos os custos para manter a saúde: no máximo, 3% do valor do animal. Segundo Salani, o crescimento do faturamento não trouxe maior rentabilidade, pois “os preços veterinários estão em nível aquém do desejável”.
Fonte: Valor (por Gleise de Castro), adaptado por Equipe BeefPoint