As explicações dadas pelos diretores do Independência na tarde ontem, parecem não ter agradado os bancos credores nem os investidores. De acordo com eles, a empresa jogou a culpa no mercado e não apresentou números.
As explicações dadas pelos diretores do Independência na tarde ontem, parecem não ter agradado os bancos credores nem os investidores. De acordo com eles, a empresa foi evasiva, jogou a culpa no mercado e não apresentou números.
Os dados antigos disponíveis e um perfil de dívida com vencimentos no médio e longo prazos não justificam o pedido de recuperação judicial, segundo eles. Os bancos especulavam que o rombo de caixa da empresa deve ter chegado a cerca de US$ 1 bilhão. Agora, com a recuperação judicial, há uma aceleração dos vencimentos de toda a dívida, de US$ 1,05 bilhão.
A notícia da recuperação judicial, caiu como uma bomba no mercado. Os US$ 525 milhões em eurobônus do Independência negociados no mercado secundário passaram a pagar preços de 10% a 15% do valor de face. Os papéis dos outros frigoríficos também sofreram desde o dia 26, quando o Independência anunciou que pararia sua produção. A empresa, considerada a de melhor situação financeira de todo o setor, é a sexta que atua com carne bovina a entrar com pedido de recuperação judicial no país desde o fim de 2008. As demais foram Arantes, Frigoestrela, Margen, IFC e Quatro Marcos.
Segundo informa o jornal Valor Econômico, a agência de risco Standard & Poor´s rebaixou para ´D´ o rating do Independência S/A e de sua afiliada Independência International Ltd.
Os preços dos títulos do Bertin no total de US$ 350 milhões e de vencimento em 2016 caíram de 52% do valor de face para níveis médios de 41% ontem. Os papéis da JBS de vencimento em 4 de agosto de 2016, de valor total de US$ 300 milhões, passaram de 69% do valor de face para 57%. Os US$ 377 milhões em títulos do Marfrig de vencimento em 16 de novembro de 2016 que estavam a 73,37% do valor de face foram a 58% ontem.
A matéria é de Cristiane Perini Lucchesi,do jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Senhores, o problema do independencia e apenas do “independencia”. Existem quase 750 frigorificos no país habilitados para exportação, e mais 1.800 habilitados com SIF, estadual e municipal.
todos são sabedores que os frigorificos ganharam muito até 1998.
apos essa epoca os industrias vem sofrendo com ganhos e perdas nas vendas no mercado interno; O aumento de industrias ,a lei da oferta e procura, levaram o recuo spread nas venda interna bem como nas exportações. e para melhorar seus recursos, muitos fizeram abertura de capital para receber investimentos.
Para compensar esses investimentos efetuam aplicações em aquisições de plantas, e reformas para aumentar a capacidade de abate e produção.
Hoje o mercado da carne instavel, voce compra o boi de manha e a tarde não se consegue com a venda da carne pagar o pecuarista, as perdas sao muito grande.
Teria que haver uma melhor união entre as empresas frigorificas,
Efetuar estudos levantamentos preços carne mercado e arrobas em conjunto com demais industrias lançar preços @ ( Arroba Boi Vivo) para nao comprometer o Spread
A crise no setor frigorifico como todos estão vendo, já era esperada por causa da crise internacional, porque o lucro que os frigirificos vinham tendo era com a carne exportada nos ultimos tempos e com a concentração de vários frigorificos em uma região como aqui no nortão, ja era esperada situações como do Independência.
Sem contar que nos ultimos tempos ja vinha faltando boi gordo para abastecimento dessas unidades, agora o que os pecuarista devem esperar, mais quebradeira?
Ou o governo vai tomar tento da situação e ajudar essas empresas?
Mais uma empresa sendo uma verdadeira dor de cabeça para quem produz.
Continuo achando que o produtor tem uma parcela grande de culpa, pois é mesmo uma classe desunida e pouco representativa. A representatividade através dos seus sindicatos deveria atuar de uma forma mais abrangente, criando mecanismos legais que venham acompanhar de forma mais precisa a verdadeira saúde destas empresas que vem causando prejuízos à classe produtora.
Sejamos mais capacitados e menos inocentes, chega de perder.