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Expointer 2002 supera expectativas

A Expointer 2002 chega ao fim com um balanço otimista. A Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul (SAA) divulgou no final de tarde de ontem (01) os números parciais da feira. Os R$ 3.064.055,00 superam em 29% o volume comercializado no ano passado. Foram 2.502 animais vendidos. Na avaliação do secretário da Agricultura, Ângelo Menegat, a exposição foi marcada pela democratização do espaço.

Quanto ao público os números foram menores, se comparados ao ano passado. Neste ano, a Expointer 2002 não conseguiu superar o público da edição passada, que chegou a 323.833. o total de visitantes foi de 304.519, sendo 218.629 pagantes e 85.890 isentos.

O setor de máquinas foi o grande destaque da exposição com um crescimento de 245%. Segundo os números do Sindicato das Indústrias de Máquinas Agrícolas do Estado (Simers), o faturamento chegou a R$ 104 milhões. Resultado excepcional na avaliação do presdiente do Simers, Cláudio Bier. O sucesso, disse ele, deve-se à realização dos dois dias de negócios, que deu tranqüilidade ao produtor interessado em comprar e efetivar suas compras.

O presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Carlos Sperotto, acredita que a mostra venceu obstáculos e teve iniciativas louváveis, como a Bolsa do Novilho, mas acredita que o leilão virtual precisa de adaptações. O dirigente questiona a participação de só dez frigoríficos gaúchos. A ampliação de espaços para animais e a criação de uma estrutura melhor para visitantes especiais estão previstas para 2003.

O presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais Raça (Febrac), José Paulo Cairoli, considera que a Bolsa cumpriu seu objetivo inicial de buscar alternativas de venda. Mas também avalia que é preciso ajuste em relação aos negócios, como a construção de um local adequado para os leilões de animais de argola.

Na avaliação do presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Estado (Sindiler), Marcelo Silva, o crédito impulsionou os negócios. Ele aposta que cerca de 50% das vendas de rústicos tenham sido através de financiamento bancário. O leiloeiro lembrou, no entanto, que raças como Simental, Pardo Suíço e Brangus sentiram a ausência de compradores de outros estados. Neste ano, essas vendas não devem passar de 15%, contra 17% de 2001.

Financiamentos

O Banco do Brasil bateu recorde de negócios na feira. Até ontem, havia 1.065 propostas de financiamento, totalizando R$ 44,5 milhões, com destaque para tratores, colheitadeiras e plantadeiras. A projeção do superintendente estadual adjunto, Luís Felipe Maldaner, é de que o número cresça para 1.100, chegando a R$ 46,5 milhões.

A marca anterior era de 730 propostas em 1998. “Esperávamos crescimento de 30% sobre os R$ 15,1 milhões do ano passado”. Do total, 274 negócios, R$ 3,5 milhões, foram com recursos próprios, através do BB Agro. Só 5% destinam-se à compra de animais.

O Banrisul financiou R$ 1,3 milhão para compra de 750 animais e R$ 9,5 milhões para compra de máquinas e implementos. O presidente do banco, Túlio Zamin, destacou que, entre animais, o financiamento representa 40% de toda a feira.

Fonte: Clic RBS/Agrol e Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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