Os criadores de gado de corte chegam à Expointer, em Esteio (RS), dispostos a encontrar saídas para a crise que abala a pecuária. O Fórum Mercosul da Carne, que ocorreu ontem, na sede da Federação da Agricultura do Estado (Farsul) no Parque Assis Brasil, foi apenas uma das oportunidades para discutir formas de dar a volta por cima.
Além da queda do dólar, que prejudica as exportações, a pecuária enfrenta a baixa no interesse pela carne vermelha. Nos últimos dez anos, o consumo anual do produto no Brasil caiu de 42 para 36 quilos por habitante. Para reverter a situação, o Instituto Pró-Carne, entidade criada no início do ano em Goiás, apresentará na quinta-feira, na Casa da RBS em Esteio, um plano de marketing direcionado à promoção da carne vermelha.
Frigoríficos, criadores e supermercados, entretanto, ainda não definiram a forma de financiar as ações de propaganda. “A idéia é que cada setor contribua com partes iguais”, revela o vice-presidente da (Farsul), Fernando Adauto Souza.
A diferenciação do produto é outra saída apontada. Para isso, pecuaristas da Metade Sul já entregaram ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) projeto pedindo o reconhecimento legal da Carne do Pampa. A iniciativa conta com a participação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado (Sebrae/RS) e na quinta-feira receberá apoio do Banrisul e Caixa RS, que devem financiar criadores das raças angus e hereford interessados no programa.
Outras raças também buscam seu espaço. Inspirado na marca francesa Label Rouge, que vende carnes apenas das raças Limousin, Charolês e Blonde d´Aquitaine, a empresa Sersia Brasil deve apresentar na feira o projeto da marca Label Tropical, que incluiria carne das três raças e de Canchim e Blonel.
Fonte: Zero Hora/RS (por Sebastião Ribeiro), adaptado por Equipe BeefPoint