Têm pelagem preta os grandes campeões macho e fêmea da raça Angus deste ano, disputado por 154 animais, 25% a mais que no ano passado. O tricampeonato consecutivo da Cabanha Reconquista, de Alegrete, foi obtido com a vaca Reconquista 379 Eliza Gcanyon Milagro, do box 1000. Entre os machos, a conquista foi de Ottono B860 Te Condado, do box 900, da ABN Agropecuária, de Santiago.
“Infelizmente temos que escolher um”, revelou o jurado, Juca D’Arriaga, após dois minutos de silêncio que antecederam uma definição entre os seis exemplares machos perfilados ante uma platéia que lotou as arquibancadas da pista de julgamentos. “Foi uma briga parelha. Um biótipo só. Trabalhamos com o imaginário para, ao final, estarem selecionados animais homogêneos como um colar de pérolas”.
Também responsável pelo julgamento, o ex-ministro da Saúde, Carlos Albuquerque, assinalou o senso estético do reprodutor. “Contrariando a tradição, este ano a qualidade dos machos em exposição superou a das fêmeas”, indicou.
Dono da ABN, Fernando Bonoto tem seis anos de Expointer e venceu em três edições. Ottono é filho do grande campão de 1999. O filho, garante Bonoto, herdou do pai a caracterização perfeita da raça, o frame moderado e a condição carniceira. “Esse animal voltará para a cabanha para coleta de sêmen para venda”. D’Arriaga destacou duas características: poder de crescimento e velocidade de engordar. Os boxes 907, da Estância Umbu, e 962, do Rincón del Sarandi, ambos de Uruguaiana, são o reservado e a reservada de campeão.
Propriedade do presidente da Febrac e dono da Reconquista, José Cairoli, a terneira grande campeã teve ressaltadas a feminilidade, a delicadeza e o perfil de futura grande mãe. O dirigente é definitivo: “Será uma fábrica de campeões”.
Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint