Príncipe Charles promove carne bovina britânica na França
12 de fevereiro de 2003
EUA pode permitir importação de carne bovina uruguaia
14 de fevereiro de 2003

Exportação brasileira de carne bovina crescerá 10%

As exportações brasileiras de carne bovina continuarão a crescer neste ano. A previsão é de embarques de 1,1 milhão de toneladas e receita de US$ 1,2 bilhão, o que corresponde a um crescimento de 10%. A estimativa foi feita ontem pelo presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira.

Segundo a CNA, o aumento das exportações ou a manutenção dos volumes atuais depende do câmbio e da imprevisível conjuntura internacional. “No caso de guerra, é impossível prever os danos ao comércio externo e as oscilações do câmbio”, diz a entidade.

Em janeiro deste ano, lembra Nogueira, as exportações já cresceram em relação a igual período de 2002. As exportações de carne bovina in natura cresceram 31,1% e o volume embarcado somou 49,2 mil toneladas em janeiro, o que representa aumento de 63,3%. Ao todo, as exportações de carne bovina cresceram 23,3% acima do resultado obtido no mesmo mês de 2002.

O crescimento de 10% das exportações brasileiras depende, basicamente, do aumento da cota Hilton a que o Brasil tem direito nas vendas para a União Européia (UE). “O governo brasileiro solicitou aumento de sua cota e a UE já deu uma sinalização positiva, mas ainda esperamos uma resposta oficial”, ressaltou Nogueira. Segundo ele, o Brasil solicitou cota adicional de 20 mil toneladas, ante as atuais 5 mil toneladas.

A Argentina tem cota Hilton de 28 mil toneladas e para o biênio 2002/03 (de julho a junho) recebeu da UE cota adicional de 10 mil toneladas. “Acredito que o Brasil deve conseguir, no mínimo, aumento de 10 mil toneladas em sua cota Hilton”, afirmou Nogueira.

As exportações podem crescer para o Chile, que fechou recentemente contratos para venda ao Japão, o que fará os chilenos comprarem da América do Sul.

Apesar da ameaça russa de fixar cotas para importação de carnes por quatro anos a partir de abril, Nogueira aposta em vendas do Brasil para esse mercado.

O resultado das exportações brasileiras de carne bovina em 2003 também depende da abertura do mercado americano para o produto in natura. A CNA estima que os americanos têm uma cota de 60 mil toneladas para a carne in natura destinada a outros países, que não está sendo utilizada. O Brasil pode beneficiar-se dessa cota. Em março, uma missão do Nafta virá ao Brasil para fazer a última vistoria antes da audiência pública que definirá a abertura dos mercados dos países que compõem o bloco ao produto brasileiro.

Fonte: O Estado de São Paulo (por Fabíola Salvador)

Os comentários estão encerrados.