As exportações brasileiras de carnes continuam em crescimento acelerado, apesar de toda a instabilidade do câmbio. Conforme levantamento, em fevereiro passado as exportações de carne in natura superaram em 90,9% as do mesmo período do ano passado, e a de março, 40%.
Os técnicos responsáveis pelo estudo lembram que as exportações levam, em geral, 30 dias entre o acerto do contrato e o embarque do produto, o que determina que as oscilações cambiais só reflitam nas transações após algum tempo.
No entanto, os exportadores de carne podem reduzir suas vendas externas por causa da queda do dólar. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes Industrializadas (Abiec), Edivar Vilela de Queiroz, a desvalorização da moeda americana, de cerca de 20% no ano, está afetando a rentabilidade das exportações. “Nós estamos negociando com os compradores estrangeiros, mas se não conseguirmos aumentar os preços em dólar, reduziremos as exportações”.
Os exportadores estão tentando obter um aumento de 10% no preço da carne lá fora ou reduzir o preço do boi no mercado doméstico. As exportações deste mês não estão comprometidas porque os empresários têm contratos de 60 dias, que serão honrados. Mas os próximos embarques estão sendo negociados.
Segundo o presidente da Abiec, os exportadores estão trabalhando com um dólar base de R$ 3,20. “Com a cotação do dólar abaixo dos R$ 3 não vale muito a pena exportar”, considerou.
Fonte: O Popular/GO, adaptado por Equipe BeefPoint