Enquete BeefPoint avalia compra do Swift pelo Friboi
8 de setembro de 2005
CFM lança Sumário de Touros Nelore 2005
12 de setembro de 2005

Exportação de carne supera meta antes do prazo

As exportações brasileiras de carne bovina, acumuladas em 12 meses até agosto, atingiram US$ 3,1 bilhões, marca prevista para este ano até dezembro, segundo a Abiec. O crescimento foi de 34,8% se comparado a igual período de 2004, apesar do real valorizado em relação ao dólar.

Só em agosto foram exportados US$ 350 milhões, entre carne bovina in natura, industrializada e miúdos. “Foi o melhor mês do ano”, comemora o presidente da Abiec, Marcus Vinícius Pratini de Moraes.

Segundo ele, o bom desempenho foi possível com a abertura de novos mercados. Em janeiro, o País exportava para 140 países, hoje são 150. “A estratégia agora é aumentar as vendas para os mercados onde já estamos”.

Uma parte do crescimento decorre da reabertura do mercado russo para a carne brasileira, da entrada no Iraque e da expansão das vendas para Egito, Argélia e países da Europa Central. Também houve ligeira recuperação do preço médio em dólar, de 1,6% ante 2004, destaca o presidente da Abiec. O aumento resulta da agregação de valor à carne in natura, com exportação de cortes especiais. “Não fosse o câmbio, a receita de exportação em reais seria maior”, afirma.

Pratini alerta que a situação do câmbio preocupa a médio prazo, em 2006 e 2007, pois deve afetar os investimentos no setor.

A liderança brasileira nas exportações de mundiais de carne bovina em volume tira o sono dos concorrentes. Pratini embarca esta semana para a Austrália, onde participará de reuniões com empresários do setor de carne daquele país. A Austrália é o segundo maior exportador mundial do produto.

O país deve fechar o ano exportando o equivalente às vendas externas da Austrália e Argentina juntas. “O Brasil exporta uma Argentina a mais que a Austrália”, observou o analista da FNP, José Vicente Ferraz.

Ele estima que as exportações do Brasil, devem somar ao menos dois milhões de toneladas enquanto a venda da Austrália deve ficar estável em 1,3 milhão de toneladas e a da Argentina, atingir 700 mil toneladas. “A exportação da Austrália pode ser até menor porque o país teve redução de rebanho após três anos de seca”, disse Geide Figueiredo Júnior, também da FNP.

Fonte: O Estado de S.Paulo (por Márcia De Chiara) e Valor (por Alda do Amaral Rocha), adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Luiz F. A. Marques disse:

    Auspiciosa esta notícia!

    Com o incremento do setor, haverá demanda técnica, insumos, mercado, muito mais trabalho e melhor remuneração.

    Com o aumento das exportações, o Brasil confirma sua tradição pecuária.

    Parabéns a todos os que contribuíram para o aumento da exportação de carne bovina!

  2. Marcelo Aguiar Fasano disse:

    É isto aí.

    Frigoríficos brasileiros comprando frigoríficos argentinos, o Brasil batendo recordes em exportação de carne (até superando a Austrália que liderava o ranking da exportação).

    Que maravilha!

    E nós pecuaristas, produtores desta carne, continuamos na pior crise que a pecuária nacional já tenha presenciado nos últimos 30 anos.

    Como uma atividade da parte da indústria frigorífica está tão promissora e rentável, batendo recordes de faturamento e nós produtores diminuindo faturamento. E as despesas aumentando… Para mim esta conta não fecha.

    É uma exploração comercial totalmente desigual por parte dos frigoríficos e nós não temos nenhum desses órgãos já existentes da classe produtora, que tenha força e competência para formar regras para que este tipo de exploração não aconteça.

    Infelizmente estamos num tipo de Katrina e não sabemos quando a água vai abaixar.

    Espero que num futuro mais próximo, nossos comentários sejam mais otimistas e com grande entusiasmo, para esta classe guerreira e incansável que é a do pecuarista.