As exportações de carnes voltaram a registrar bom desempenho em novembro, mas o ritmo foi inferior ao de outubro, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
As vendas externas de carne bovina in natura somaram US$ 71,3 milhões mês passado, 61,5% a mais que igual período de 2000. Em outubro, elas haviam atingido US$ 83,9 milhões. Os volumes somaram 38,9 mil toneladas, alta de 143,8% no ano. Em outubro, os volumes totalizaram 43,6 mil toneladas.
A redução no mês indica uma queda das vendas para a Europa e a maior concorrência do Uruguai, que voltou ao mercado exportador, afirmou José Vicente Ferraz, da FNP Consultoria.
As vendas de carne industrializada somaram US$ 24,5 milhões em novembro, aumento de 14,2% sobre o mesmo mês de 2000. O volume cresceu 19% para 12,1 mil toneladas. No acumulado do ano, as exportações de carne bovina somam US$ 931,1 milhões. “O ano deve fechar pouco acima de US$ 1 bilhão”, disse Ferraz.
Balança comercial
O desempenho das exportações de produtos básicos, impulsionado pela crise da vaca louca na Europa e pela safra agrícola recorde, foi o fato mais positivo da balança comercial neste ano, na avaliação da secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Lytha Spíndola. Segundo ela, os embarques do setor garantiram o superávit acumulado de US$ 1,915 bilhão até a semana passada.
Até novembro, as exportações de produtos básicos aumentaram 21,9% com relação ao mesmo período do ano passado, enquanto os embarques de manufaturados cresceram apenas 2,5% e os de semimanufaturados caíram 2,3%.
Os principais destaques das vendas de produtos básicos foram as carnes e os produtos do complexo soja, principalmente grãos e farelo.
Com a crise da vaca louca na Europa, houve um desvio de comércio no mercado internacional que beneficiou o Brasil. Como o país não possui foco da doença e cria o gado em pasto aberto, ganhou mercados na Europa e no Oriente Médio.
Fonte: Valor Online (por Alda do Amaral Rocha) e Folha de São Paulo, adaptado poe Equipe BeefPoint