As exportações brasileiras de couros movimentaram US$ 791 milhões nos nove meses do ano, redução de 48%, em comparação ao mesmo período de 2008, segundo dados elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
As exportações brasileiras de couros movimentaram US$ 791 milhões nos nove meses do ano, redução de 48%, em comparação ao mesmo período de 2008, segundo dados elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Apesar dos obstáculos que o setor vem enfrentando ao longo de 2009, o balanço de setembro das vendas externas de peças em relação ao mês anterior aponta um crescimento de 10% na receita apurada, somando US$ 105,9 milhões. E, dos couros embarcados no período, 74,1% (em valor) e 57,4% (em volume) o foram com maior valor agregado (crust + acabados), mantendo o processo evolutivo de agregação de valor nas exportações de peças. Finalmente, é de se destacar a contribuição do setor curtidor para a economia brasileira, respondendo por 3,5% do saldo da balança brasileira (US$ 21,3 bilhões) no período de janeiro a setembro deste ano.
De toda forma, o desempenho do setor poderia ser melhor, não fosse o impacto da crise financeira sobre a demanda internacional por couros e a valorização do real perante o dólar, o que acaba por comprometer a competitividade do produto brasileiro nos mercados internacionais, analisa o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich.
Esse quadro é agravado por outros fatores, como as altas taxas de juros, excessiva burocracia, precariedade do sistema de infra-estrutura e, principalmente, a falta de capital de giro para as empresas curtidoras. Neste cenário, destaca o executivo, é fundamental a criação de linhas de créditos para capital de giro pelo Banco do Brasil e BNDES, a adequação de prazos e encargos de ACC (Adiantamento sobre Contrato de Câmbio), além de agilização nos ressarcimentos de créditos de exportação e autorização da compensação automática de créditos fiscais.
Em contra-partida, o executivo destaca a importância do convênio firmado pelo CICB com a ApexBrasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, que vem reforçando a imagem e alavancando negócios do couro brasileiro no mercado mundial.
As informações são do CICB, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.