A conjuntura adversa teve impactos diferentes nos três maiores frigoríficos brasileiros, com Marfrig e Minerva reforçando as exportações e ganhando rentabilidade em virtude da valorização do dólar em relação ao real e a JBS, não. No intervalo de um ano, a Minerva elevou sua fatia nas exportações brasileiras de carne bovina in natura de 15,1% para 24,4%, conforme balanço do segundo trimestre. Suas exportações de carne bovina in natura a partir do Brasil aumentaram 21,6%, para 63,1 mil toneladas. Com isso, a empresa conseguiu manter praticamente estável o patamar de sua margem Ebitda no segundo trimestre – 9,7%, ante 9,9% um ano antes.
Já a Marfrig aumentou sua fatia no bolo de 19% para 21,6% e as exportações de carne bovina in natura a partir do Brasil tiveram uma ligeira alta de 0,3%. No caso da Marfrig Beef, a margem Ebitda ajustada chegou a 9,7%, alta de 1,6 ponto percentual na comparação.
Em contrapartida, o movimento visto na divisão de carne bovina da JBS na América do Sul, a JBS Mercosul, foi na direção contrária, e a margem Ebitda caiu de 10,1% segundo trimestre de 2014 para 5,2% no mesmo intervalo deste ano. Isso porque a JBS está mais exposta a países como a Venezuela, cuja demanda por carne despencou em consequência da crise econômica. As exportações totais da JBS Mercosul tiveram grande retração no segundo trimestre – 22,8% na comparação anual, para 222,6 mil toneladas.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.