Mercados Futuros – 09/04/08
9 de abril de 2008
Indicador Esalq/BM&F boi gordo em dólares x dólar
11 de abril de 2008

Exportações 1T08: receita sobe 5%, volume cai 27%

Na comparação do primeiro trimestre de 2008 com o mesmo período de 2007, as exportações deste ano apresentam aumento de 5,22% na receita, apesar do recuo de 27,64% no volume. No mês de março a receita e o volume de carne bovina in natura exportada foram maiores do que no mês anterior. De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), nos 20 dias úteis do mês passado foram exportadas 84.400 toneladas, que renderam US$ 272,50 milhões.

No mês de março, a receita e o volume de carne bovina in natura exportada foram maiores do que no mês anterior. De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), nos 20 dias úteis do mês passado foram exportadas 84.400 toneladas, que renderam US$ 272,50 milhões.

Gráfico 1. Exportações de carne bovina in natura, receita e volume


O volume exportado no mês passado foi 10,37% maior do que o total embarcado para o exterior em fevereiro deste ano. Porém, fevereiro foi um mês onde a exportações foram menores, com o início das restrições da UE ao produto brasileiro e problemas com a exportação para os russos. No mesmo período do ano passado, os exportadores brasileiros venderam 125.500 toneladas de carne bovina in natura, assim o volume de março de 2008 foi 32,75% menor.

Em relação a fevereiro, a receita com as exportações de carne bovina in natura aumentou 7,17%. Se compararmos os resultados de março passado com o valor registrado em março de 2007 ocorreu um recuo, que foi de 11,12%. Este recuo só não foi maior, pois a carne in natura brasileira continua sendo valorizada no exterior.

Tabela 1. Exportações de carne bovina in natura


O preço médio da carne bovina in natura exportada, em março, foi de US$ 3.229/tonelada, este valor é 32,16% maior do que o preço praticado no mesmo mês do ano passado. Em relação ao preço médio recebido pelos exportadores em fevereiro (US$ 3.324/ton), houve uma queda de 2,90%.

De acordo com o presidente da Abiec, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, o crescimento do preço médio é um reflexo da queda na oferta de gado para abate e a redução dos embarques para União Européia de carne in natura. Outro destaque importante nas vendas de carne para o mercado externo é a ampliação dos mercados emergentes. “O crescimento das exportações para os países em desenvolvimento é uma tendência na medida em que cresce a renda da população daqueles mercados”, diz Pratini.

Gráfico 2. Preço médio da carne bovina in natura exportada


Com a moeda americana apresentando recuo (1,16%) – o dólar terminou o mês de março com média de R$ 1,7068 – e os preços do boi gordo em alta, o indicador Esalq/BM&F boi gordo em dólares apresentou alta de 2,99% em relação a fevereiro. Em março, a média do indicador foi de US$ 44,64/@. A relação de troca arrobas por tonelada de carne bovina in natura exportada, recuou para 72,33. Isso quer dizer que com o valor captado com a venda de uma tonelada no mercado internacional o frigoríficos conseguem comprar menos arrobas de boi gordo no Brasil. Em 2007 a média desta relação de troca foi de 87,53 @/ton, se analisarmos os dados desde 2002 temos uma média de 100,11 @/tonelada exportada.

Gráfico 3. Relação de troca arrobas por tonelada de carne in natura exportada


Na comparação do primeiro trimestre de 2008 com o mesmo período de 2007, as exportações deste ano apresentam aumento de 5,22% na receita, apesar do recuo de 27,64% no volume, reforçando novamente a importância da valorização da carne brasileira. A diferença entre os preços médios da carne exportada nos dois períodos foi de 44,66%.

Nos três primeiros meses de 2008 foram arrecadados US$ 891,52 milhões com a exportação de 252.763 toneladas, enquanto que no ano passado a exportação de 349.298 toneladas gerou US$ 847,30 milhões aos exportadores.

Gráfico 4. Receita e volume das exportações brasileiras de carne bovina in natura no primeiro trimestre

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