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Exportações de carne angus cresceram quase 70% em 2023

A carne bovina angus está aumentando sua participação em mercados no exterior que exigem um produto de mais qualidade, mesmo em países que já compram a commodity brasileira, como China e Oriente Médio.

Em 2023, os embarques com selo do Programa Carne Angus Certificada cresceram 68% em 2023, para 2,8 mil toneladas. O volume é pequeno em relação à produção do programa, de 41 mil toneladas, mas tem crescido ano a ano, segundo organizadores.

“Aumentamos o número de cortes que são exportados. Antigamente, era só picanha e contrafilé. E também ampliamos os destinos: a China, que antes era 85% da demanda, caiu para 40% a 45%. Abrimos mercados na Europa, Emirados Árabes e Árabia Saudita”, afirma Nivaldo Dzyekanski, presidente do comitê gestor do Programa Carne Angus Certificada.

Dzyekanski diz que o programa nasceu há 20 anos para atender a demanda interna por carne de qualidade. No entanto, a constância da produção permitiu que os frigoríficos parceiros do programa estabelecessem um fluxo de embarques nos últimos 10 anos. Para ele, a construção é paulatina, porque o objetivo é garantir uma oferta constante.

“Não pode queimar o filme, entrando [nas exportações] quando o mercado interno está ruim e depois tentando voltar”, afirma.

Atualmente, o programa da raça angus conta com 25 parceiros, com 49 frigoríficos espalhados pelo país. A expectativa é ampliar esse grupo com quatro novos parceiros ao ano, estima o presidente do comitê.

No ano passado, o programa abateu 502 mil cabeças de gado — com rendimento de 81 quilos de carne por animal. Segundo Dzyekanski, aumentar o aproveitamento da carcaça foi um trabalho institucional, já que no passado cada animal rendia 25 quilos no frigorífico.

Dentro do programa, há animais que rendem 95 quilos de carne, o que demonstra que existe espaço para melhorar a média. “E isso começa com genética, porque a gente não salva animal no cocho”, afirma.

O programa também tem sido positivo para os criadores da raça, já que alguns frigoríficos chegam a pagar até 10% a mais pela carcaça de animais certificados angus.

Fonte: Globo Rural.

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