Exportações de carne bovina aumentam 95% em maio

As exportações brasileiras de carne bovina tiveram em maio um aumento, em comparação com o mesmo período de 2003, de 94,75% na receita cambial, que chegou a US$ 199 milhões, e de 37% nos volumes, que somaram 146 mil toneladas. Os números foram divulgados na segunda-feira (07/06) pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), ex-ministro Pratini de Moraes.

No acumulado do ano, de janeiro a maio, de acordo com as estatísticas da ABIEC, as exportações já somam US$ 866 milhões, o que corresponde a um crescimento de 62,5% em relação ao mesmo período de 2003. Foram embarcadas, nesses cinco meses, 672 mil toneladas, um incremento de 23%.

“Este desempenho foi obtido, em primeiro lugar, graças à verticalização da exportação brasileira. Quer dizer que já estamos embarcando carne beneficiada, de maior valor agregado. O Brasil também se consolidou em mercados onde antes estava apenas como concorrente, com preços competitivos. É o caso do Egito e de Israel. No mercado israelense, aumentou o número de frigoríficos brasileiros exportadores. O terceiro motivo está no grande incremento das encomendas da Rússia”, disse Pratini de Moraes.

O presidente da ABIEC, porém, defendeu um ajuste na Medida Provisória n^o 183, que diz respeito ao crédito presumido. Noventa e seis por cento do gado que é vendido aos frigoríficos, para abate, vêm de pessoas físicas. Antes da MP, havia uma devolução de 9,35%, que foi eliminada.

Segundo Pratini de Moraes, da forma como está, a MP terá duas conseqüências: levar o País a exportar imposto, aumentando o preço da carne bovina vendida no mercado internacional e estimular a clandestinidade.

Pratini também alertou para as dificuldades em logística. Com o aumento da exportação, os portos estão sem infra-estrutura para atender aos frigoríficos. No momento há dois mil contêineres no porto de Santos. Só que metade deles não tem local para armazenamento, estão parados. E os principais mercados do Brasil encontram-se longe, o que torna a logística fundamental.

Fonte: Abiec, adaptado por Equipe BeefPoint