As perspectivas para as exportações de carne bovina da União Europeia (UE) parecem desanimadoras, com as vendas caindo, de acordo com uma previsão dos mercados agrícolas da UE para 2018 e 2019, divulgada pela Comissão Europeia.
As exportações de carne bovina começaram a cair em dezembro de 2017, e isso continuou neste ano, com as exportações quase 15% menores nos primeiros quatro meses de 2018 com relação ao ano anterior.
Hong Kong (-7%) e Bósnia e Herzegovina (-17%) foram os principais mercados problemáticos, especialmente porque foram o segundo e terceiro destinos de exportação mais importantes para a carne bovina da UE. Em janeiro-abril de 2018, as exportações de carne bovina da UE para outros destinos importantes, como Suíça, Noruega, Filipinas e Argélia, também caíram, embora as vendas para a Turquia (agora o maior importador) e Israel tenham subido.
Uma razão para a queda é que o Brasil aumentou suas exportações de carne bovina em 25% nesses meses em relação ao ano anterior, principalmente para Hong Kong, China, Egito, UE e Chile. Os EUA, a Argentina, a Nova Zelândia e o Paraguai também expandiram suas exportações, inclusive para os tradicionais parceiros de exportação da UE.
“As perspectivas para as exportações da UE em 2018 são, portanto, desanimadoras (-6%), pois há pouco potencial para expansão e dependerá principalmente de dois mercados: Turquia e Israel”, disse a nota da Comissão.
Enquanto isso, as importações de carne bovina da UE devem aumentar em 8% em 2018, com o Brasil aumentando as entregas após a recuperação do escândalo da carne bovina em 2017 e as exportações da Argentina crescendo 40% ano a ano para janeiro-março de 2017.
Fonte: GlobalMeatNews.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.