Em queda: Nesta semana a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou os dados das exportações brasileiras e mato-grossenses referentes ao mês de dezembro/16. Com isso, tornou-se possível realizar um resumo anual dos envios de carne bovina para fora do país, e os resultados não foram tão animadores. Mato Grosso exportou 276,10 mil TEC (Tonelada Equivalente Carcaça) em 2016, tal montante gerou US$ 891,39 milhões, e ainda que o câmbio tenha colaborado, estes foram os menores valores obtidos desde 2012. Os problemas enfrentados por alguns dos grandes importadores da carne bovina mato-grossense (Venezuela e Rússia) são as principais justificativas para os números decepcionantes da exportação do Estado. Dito isto, com as atenções voltadas para 2017, as expectativas são de maiores volumes embarcados por Mato Grosso.
– O ano se iniciou com a arroba do boi gordo e da vaca gorda valorizando 0,62% e 0,46%, respectivamente. Desta forma, o preço médio do boi gordo estabeleceu-se em R$ 128,51/@, e da vaca gorda, em R$ 123,86/@.
– A escala de abate retraiu 0,91 dia nesta semana, ficando em 8,04 dias. Tal redução se deve à diminuição bovinos aptos para o abate.
– O equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos (ECD) registrou queda de 3,08%. Tal recuo deve-se, principalmente, à baixa nos preços dos cortes cárneos no varejo.
– O volume exportado em dezembro/16 apresentou queda de 16,50% no comparativo com novembro/16, sendo escoadas 24 mil TEC no último mês. A receita obtida com a exportação foi de US$ 79,97 milhões.
ABAIXO DA INFLAÇÃO: 2016 não foi um dos melhores anos para os pecuaristas mato-grossenses. Apesar de as expectativas iniciais apontarem para valorizações consistentes nas cotações do boi gordo no segundo semestre do ano, a realidade foi outra e, ao fim de 2016, o preço do boi gordo acabou ficando com média menor que a registrada no início do ano. Já para o atacado e varejo, o ano foi um pouco melhor, visto que em dezembro/16 suas cotações médias ficaram 3,53% e 3,38% maiores, quando comparadas com as de janeiro/16, respectivamente. No entanto, vale ressaltar que, em todos os elos, a variação observada foi menor que a registrada pela inflação d 2016 (6,29%), ou seja, houve perda real de valor nas três principais mercadorias da cadeia. Tal fato só reitera o desafio de todos os elos para se manter na atividade em 2017, principalmente para os bovinocultores de corte.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).