Segundo o MDIC, nos 21 dias úteis do mês de agosto, os exportadores brasileiros enviaram ao exterior 72.600 toneladas de carne bovina in natura, que correspondem a US$ 256,7 milhões. Em relação ao mês de julho o recuo registrado na receita foi de 7,57%, enquanto o volume apresentou queda de 11,62%.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou ontem (1/9) os dados da balança comercial brasileira no mês de agosto, quando o superávit comercial somou US$ 3,074 bilhões, terceiro melhor desempenho do ano – atrás apenas de abril com saldo de US$ 3,705 bilhões e julho com US$ 4,622 bilhões. De acordo com o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral, o bom resultado do saldo foi causado pelo melhor desempenho das exportações brasileiras, que registram queda menor que as importações no mês, em relação a agosto do ano passado.
Barral destacou que o comportamento das exportações está semelhante ao verificado em 2007 e que as importações têm apresentado índices um pouco abaixo dos verificados dois anos atrás. “A conseqüência dessa evolução dos números é o crescimento do saldo comercial brasileiro que passou de US$ 3 bilhões em agosto e já soma quase U$ 20 bilhões nos oito primeiros meses do ano”, disse.
As exportações, no mês, chegaram US$ 13,841 bilhões, desempenho 29,9% menor que o de agosto do ano passado, com retração nos embarques de produtos das três categorias: manufaturados (-32,6%), semimanufaturados (-33,2%) e básicos (-25,6%).
Entre os semimanufaturados os principais decréscimos foram ferro fundido (-80,7%), semimanufaturados de ferro e aço (-59%), ferro-ligas (-48,7%), couros e peles (-41,5%), celulose (-23,4%) e óleo de soja em bruto (-19,8%). Nessa categoria de produtos houve crescimento de ouro em forma semimanufaturada (+92,9%) e açúcar em bruto (+40,8%).
Nas exportações de básicos, caíram as vendas de minério de ferro (-45,5%), carne suína (-42,3%), carne bovina (-38,4%), petróleo em bruto (-33,2%) e carne de frango (-32,4%). Por outro lado cresceram os embarques de farelo de soja (+24,5%), soja em grão (+7%), fumo em folhas (+4,5%,) e café em grão (+2,4%).
O secretário Welber Barral ressaltou, que no mês de agosto as exportações para os Estados Unidos cresceram 27,7% em relação a julho deste ano, resultado que muda a tendência de queda que vinha sendo registrada no ano. “Esse aumento nas vendas para os Estados Unidos podem representar uma retomada da economia daquele país, já que a pauta de exportação brasileira para os EUA é composta de muitos produtos que compõem a cadeia produtiva americana”, explicou.
De janeiro a agosto, as exportações acumularam US$ 97,935 bilhões, valor 24,7% ao desempenho médio diário das exportações no mesmo período de 2008. O saldo comercial nos oito primeiros meses de 2009 soma US$ 19,968 bilhões. Esse desempenho do superávit brasileiro é 18,7% maior que o verificado no mesmo período do ano passado, quando a média diária somou US$ 101,4 milhões.
Carne bovina in natura
Segundo o MDIC, nos 21 dias úteis do mês de agosto, os exportadores brasileiros enviaram ao exterior 72.600 toneladas de carne bovina in natura, que correspondem a US$ 256,7 milhões. Em relação ao mês de julho o recuo registrado na receita foi de 7,57%, enquanto o volume apresentou queda de 11,62%.
No acumulado do ano a receita é de US$ 1,89 bilhão, e o volume atingiu a marca de 609.526 toneladas, na comparação com a receita e o volume registrados durante o mesmo período de 2008, a queda é de 30,32% e 14,36%, respectivamente.
Tabela 1. Exportações brasileiras de carne bovina in natura
Equipe BeefPoint, com dados do MDIC
0 Comments
Curioso!
Conforme quadro publicado no site http://www.avisite.com.br, também com fonte do MDIC, porém elaborados pela “avisite”, estes demonstram que das tres carnes, a bovina foi a única que apresentou elevação nos valores em US$ por ton., quando comparado Julho a Agosto, porém foi a que apresentou a maior redução no volume exportado ( -11,6 % ).
Não sei se “motivado” por valores internos mais rentáveis que a exportação, ou se por estratégia para aumentar a oferta interna, e por consequência forçando a redução dos preços pagos aos pecuaristas. Lembrando que aprox. 74% da produção é destinada ao meracado interno.
Esta baixa no preço do boi, em plena entresafra e com redução da oferta ,em volumes superiores a redução do consumo interno, seria obra do “destino” ou da atuação de entes organizados ?
Me gustaría tener una precisión sobre qué se entiende por “carne in natura”. La consulta deriva que Uruguay obtiene precios promedio de exportación sensiblemente menores a los reportados por el MDIC. Resulta difícil explicar, primero que Brasil que tiene acceso a menos mercados que Uruguay tenga precios superiores, y segundo que no haya una corriente de exportación de ganado en pie desde Uruguay a Brasil, para aprovechar el supuesto mejor precio de exportaciòn.
Agradezco a los pareceros de esta rueda opinión sobre el tema.
Atentamente