As exportações de carne bovina da Argentina totalizaram 56.000 toneladas de produto, equivalentes a 80.000 toneladas de peso de carne bovina, em junho, e assim atingiram 426.000 toneladas no primeiro semestre, o que implica um crescimento de 2% em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com o relatório do Consórcio de Exportadores de Carnes Argentinas ABC, os frigoríficos faturaram um total de US$ 1,762 bilhão pelo comércio exterior de cortes congelados e refrigerados entre janeiro e junho, valor 40% superior ao do mesmo período de 2021 .
Se somadas os miúdos, o total gerado pela rede foi de US$ 1,88 bilhão.
“A subida dos preços e uma maior participação das carnes refrigeradas e das cotas sujeitas a tarifas no total, que apresentam valores médios mais elevados, resultaram num aumento do valor médio faturado, face à média dos primeiros meses de 2021”, refletiu o Consórcio ABC.
E acrescentou: “Uma tendência oposta à evolução das tonelagens exportadas, embora se deva destacar a evolução ascendente dos últimos meses, em que os volumes ultrapassaram a média verificada desde que começaram a ser aplicadas medidas de gestão das exportações de carne em 2021”.
China
Segundo o relatório do Consórcio ABC, uma das chaves do saldo positivo com que terminou o primeiro semestre foi a reativação das compras pela China, destino que explica 76% dos volumes de carne enviados ao exterior e 65% dos dólares gerados .
A partir de maio, a China melhorou “significativamente” as compras de carne desossada, a que se acrescentou que nos primeiros seis meses o valor médio pago por tonelada foi de US$ 5.754, o que significa US$ 1.800 a mais que no ano passado e um valor semelhante ao recorde de o final de 2019.
“O crescimento dos valores médios da China, nosso principal destino, permitiu o aumento significativo do valor faturado pelas exportações argentinas de carne bovina: 40% no primeiro semestre de 2022”, insistiu o Consórcio.
Europa e Cota Hilton
Da mesma forma, também foi uma boa notícia que os frigoríficos autorizados a exportar para a União Europeia cumpriram quase na totalidade a cota atribuída através da Quota Hilton.
“Segundo a informação publicada em 04/07/2022 pela Comissão Europeia, o nosso país certificou um total de 28.101 toneladas no ciclo 2021/22, valor praticamente igual ao comunicado pela área de Cotas de Exportação da Secretaria de Mercados Agrícolas”, indicou o Consórcio.
E completou: “O restante não exportado foi de 1.288 toneladas, o menor desde o exercício de 2018/19 em que a cota foi concluída”.
Fonte: Infocampo, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.