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Exportações de carne do Paraguai crescerão marginalmente em 2017, segundo o USDA

As exportações de carne do Paraguai crescerão marginalmente em 2017, para 395.000 toneladas peso carcaça, 5.000 toneladas acima das projeções para 2016, de acordo com estimativas preliminares do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Ainda que se projete que a produção de carne do país deva registrar uma leve queda, os exportadores locais estimam que a demanda dos clientes tradicionais crescerá e de uma série de mercados que foram abertos recentemente (mais de 21 no último ano).

A demanda interna poderá ser afetada por uma menor disponibilidade. A previsão de produção do USDA para 2017 é de 590.000 toneladas peso carcaça, abaixo das estimativas de 2016 e 2015. Do total produzido, 65% são destinados às exportações.

A queda do preço de exportação da carne tem levado a um maior volume de abates nos últimos meses, principalmente de vacas. Para 2017, espera-se uma recuperação nos valores de exportação que melhorariam a rentabilidade do negócio e se traduziria a uma baixa nos envios a frigoríficos.

A queda na produção poderia ser compensada em parte pela recuperação no número de gado alimentado a grãos. Até agora em 2016, o Paraguai registrou uma diminuição de gado de engorda com grãos, devido principalmente ao forte aumento que registrou o preço do milho vinculado a fortes compras do Brasil.

Rússia, Chile e Brasil foram os principais destinos da carne bovina paraguaia nos últimos 3-4 anos, com uma participação de mercado de 65% a 80% do total exportado.

O rebanho bovino paraguaio se contraiu moderadamente nos últimos dois anos, impactado por inundações em 2014 e 2015 nas zonas pecuárias do sul do país, que afetaram a taxa de prenhez e produção de bezerros.

Mantém-se o investimento no setor, com compras de estabelecimentos pecuários por parte de estrangeiros (muitos, uruguaios). Do lado industrial, as empresas seguem expandindo sua capacidade de processamento, com investimentos na melhora de eficiência de suas plantas. A capacidade de abate das plantas com destino às exportações deverá crescer de 1,6 milhão de cabeças em 2010 para 2,5 milhões em 2017. Até o final desse ano, o Paraguai terá 15 abatedouros e 20 plantas processadoras habilitadas para exportação.

Fonte: Blasina y Asociados, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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