As exportações de carnes se intensificam e as receitas já chegam perto das de soja. Se o mercado externo continuar favorável como nos dois últimos anos e se o país não tiver nenhum problema de sanidade animal, as carnes podem competir com o grão nos próximos anos, segundo análises do mercado.
Dois fatores pesaram a favor do Brasil nesse setor: disponibilidade de produto e preços externos. O Brasil conquistou novos compradores de carnes bovina, de aves e suína, assumindo a liderança mundial nas exportações das duas primeiras. O país foi favorecido, ainda, pelo crescimento da demanda e pela elevação nos preços internacionais.
Com o maior rebanho comercial do mundo e preços competitivos, os brasileiros já atingem pelo menos 140 mercados. Uma das desvantagens é que o país não está presente em países consumidores de produtos de maior valor agregado como EUA, Japão e Coréia do Sul.
Por isso, atingida a liderança mundial, os exportadores não querem elevar ainda mais a oferta de carnes, mas aumentar a rentabilidade do produto. Apesar da pujança no mercado externo, os pecuaristas reclamam que os ganhos ficaram só com os exportadores e ainda não chegaram às fazendas.
Couro
O setor de couro teve boa aceleração nas vendas externas no ano passado, embalado pelo aumento dos abates de animais e pela liderança brasileira nas exportações mundiais de carne bovina.
Os números finais de 2004 devem indicar elevação de pelo menos 20% nas exportações desse item. Para este ano, a estimativa é de manutenção das boas vendas no setor, principalmente porque o país começa a vender um volume maior de produtos com valor agregado.
Fonte: Folha de S.Paulo/Agrofolha, adaptado por Equipe BeefPoint