Exportações de material genético devem atingir US$ 200 milhões

O setor da economia brasileira mais rentável, o agronegócio, vai investir em mercados de três continentes para exportar em grande quantidade a genética bovina brasileira e animais vivos. A expectativa é elevar o volume de negociações para US$ 200 milhões, em 2006. Para isso, o Núcleo de Exportação de Animais vivos e Material Genético Zebuíno quer comercializar anualmente 300 mil doses de sêmen, 20 mil embriões e 350 mil bovinos.

Durante reunião realizada ontem (18/02), em Uberaba (MG), as maiores centrais de inseminação do país e empresas de exportação que fazem parte do grupo decidiram a estratégia de atuação no exterior.

Doze países foram definidos como mercado-alvo: China, Colômbia, México, Venezuela, Costa Rica, Equador, Peru, África do Sul, Egito, Líbia, Paraguai, Bolívia. “Precisamos mostrar a essas nações a qualidade do nosso rebanho. Temos um produto de valor, mas pouco conhecido lá fora. Existe muito interesse por parte dos pecuaristas estrangeiros e vamos aproveitar esse nicho de mercado”, diz o gerente do Núcleo Gerson Simão.

O próximo passo do projeto será trabalhar junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento mudanças nos protocolos sanitários. Cada país tem sua exigência para a entrada de animais e material genético, mas em alguns casos os termos precisam ser atualizados.

Outro ponto que precisa ser enfrentado pelo Brasil é a concorrência. “Nossos principais concorrentes, os Estados Unidos e Austrália, são altamente competitivos, mas têm como desvantagem o alto custo de produção. No Brasil, conseguimos produzir a preços menores. Além disso, não temos problemas sanitários como a vaca louca que derrubou o consumo de carne na Europa”, explica o diretor de Relações Internacionais da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) Silvio Castro Cunha Júnior.

O Núcleo de Exportação, uma iniciativa da entidade, vai apresentar a proposta à pecuaristas estrangeiros durante a ExpoZebu 2003, que acontece de 1^o a 13 de maio. O projeto terá o apoio da Agência de Promoção de Exportação (APEX).

Fonte: Associação Brasileira dos Criadores de Zebu