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Exportações de sêmen crescem no Brasil

Apenas no primeiro trimestre de 2003 o Brasil exportou quase metade do volume de sêmen bovino vendido ao mercado externo durante todo o ano passado. De janeiro a março foram comercializadas 44,7 mil doses, ante 91,7 mil doses exportadas em 2002.

Os números, divulgados pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), indicam que o ano será favorável às empresas do setor de material genético bovino. ”A cotação do dólar ajuda a impulsionar os negócios”, explicou o assessor de relações internacionais do consórcio de exportação Brazilian Cattle Genetics, Guilherme Rocha Soares.

Formado por dez empresas, o Brazilian Cattle Genetics tem a meta de atingir, em 2006, o volume exportado anual de 300 mil doses de sêmen. Visa, ainda, vender ao mercado externo 20 mil embriões, 50 mil animais puros e 300 mil animais comerciais. A expectativa é gerar negócios na ordem de US$ 200 milhões.

Os compradores são países de clima tropical, principalmente da África e América do Sul. Por terem clima parecido com o do Brasil, oferecem boas condições de adaptação às 12 raças vendidas, todas elas zebuínas, para pecuária de corte ou leiteira.

Uma das empresas participantes do consórcio é a Lagoa da Serra, de Sertãozinho (SP), que este ano já exportou 10 mil doses para a Colômbia, fechou a venda de mais 18 mil doses para a Venezuela e outras 15 mil para o Paraguai. As informações são do gerente de exportação da empresa, Maurício Lima.

Ele revelou que a empresa sempre fez vendas esporádicas para o mercado externo. ”Mas só a partir deste ano começamos a investir mais nesta área”, disse. A expansão está sendo possível graças à evolução do setor de avaliação genética no País. ”Antes o Brasil não tinha material genético com provas de avaliação satisfatórias”, opinou.

Até o final do ano, a empresa pretende atingir o patamar de 100 mil doses exportadas, o que representará 6% a 7% do total vendido. No futuro, a meta é que as exportações representem 10% a 20% do faturamento. Por enquanto, a principal raça exportada é o gir leiteiro. ”Temos também o objetivo de divulgar o Nelore no mundo tropical”, ressaltou.

Fonte: Folha de Londrina/PR (por Carolina Avansini), adaptado por Equipe BeefPoint

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