Com os resultados de maio divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) através do Secex/Decex e compilados pela Abrafrigo, as exportações brasileiras de carne bovina continuaram apresentando queda em relação ao que foi comercializado em 2014, com os principais parceiros do país apresentando retração nas suas compras.
No total de maio, as exportações foram de 110.257 toneladas contra 131.217 toneladas em maio de 2014. Em receita, no ano passado foram obtidos US$ 613,2 milhões contra US$ 453, 5 milhões neste ano, queda de 16% em volume e de 26% em divisas, portanto. No acumulado de janeiro a maio, em 2014 as exportações atingiram 631.815 toneladas, o que proporcionou uma receita de US$ 2,79 bilhões. No mesmo período de 2015 as exportações foram de 523.595 toneladas, com receita de US$ 2,21 bilhões, queda de 17% em volume e de 21% em receitas.
Os países que mais limitaram suas importações da carne bovina brasileira foram a Rússia, que em 2014 importou 114.178 toneladas e em 2015 reduziu para 76.366 toneladas, com queda de 33%; Hong Kong, porta de entrada do mercado chinês, que adquiriu 157.414 toneladas em 2014 e reduziu para 127.546 em 2015, com queda de 19% e a Venezuela, que reduziu suas 65.531 toneladas do ano passado para 32.228 neste ano, com queda de 50%.
De positivo, o crescimento das exportações para os Estados Unidos que deram um verdadeiro salto: em 2014 foram apenas 8.266 toneladas e em 2015 atingiram 15.501, com crescimento de 87% e para o Egito que em 2014 comprou 61.462 toneladas e entre janeiro e maio importou 75.101 toneladas, não chegando, no entanto, a compensar as quedas nos principais clientes do Brasil. Em maio Hong Kong continuou sendo principal importador brasileiro, o Egito subiu da quarta para a segunda posição, a Rússia foi o terceiro, Venezuela o quarto e o Irã atingiu a quinta colocação, com os Estados Unidos em sexto.
São Paulo foi o estado que mais exportou carne bovina, com um total de 136.520 toneladas de janeiro a maio; Mato Grosso foi o segundo colocado com 97.338 toneladas, Goiás o terceiro, com 81.951 toneladas; Mato Grosso do Sul o quarto, com 48.995 e Rondônia o quinto colocado com 48.545 toneladas. Por região, o Centro-Oeste brasileiro exportou 43,6% do total comercializado para o exterior, o Sudeste 33,4%, o Norte 17,1% e o Sul, 5,4%. O Porto de Santos (SP) foi o que mais movimentou esta carga, com 47,7% do total. São Francisco do Sul (SC) ficou com 21%, Paranaguá (PR) atingiu 12,1% e Itajaí (SC) 6,5%. O Porto de Rio Grande (RS), movimentou 3,6% do total.
Fonte: Grupo CMA, com informações da Abrafrigo.