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Exportações são impulsionadas por soja e carnes

O fôlego exportador do agronegócio nacional não foi atingido pela quebra de safra que atingiu importantes lavouras nacionais, como soja e milho. Análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mostra que as remessas do setor somaram US$ 7,8 bilhões nos três primeiros meses de 2004, um crescimento de 36,5% na comparação com os US$ 5,7 bilhões registrados em igual período do ano passado.

Com base no desempenho registrado no trimestre, o chefe do Departamento de Comércio Exterior (Decex) da CNA, Antonio Donizeti Beraldo, estima que durante todo o ano de 2004 o agronegócio brasileiro deverá registrar saldo de US$ 28 bilhões, cerca de US$ 3 bilhões a mais que no ano passado, quando o setor teve superávit comercial de US$ 24,8 bilhões.

A balança comercial do agronegócio, no primeiro trimestre deste ano, registrou superávit de US$ 6,6 bilhões, resultado das exportações recordes de US$ 7,8 bilhões menos importações de US$ 1,2 bilhão. Em igual período do ano passado, o saldo da balança do agronegócio foi de US$ 4,5 bilhões, fruto de exportações de US$ 5,7 bilhões e importações de US$ 1,1 bilhão.

Segundo Beraldo é possível projetar que as importações do agronegócio estarão estabilizadas este ano, enquanto que, simultaneamente, haverá crescimento de exportações, gerando saldo comercial ainda mais positivo que em 2003.

“O destaque na balança comercial do agronegócio no primeiro trimestre é o crescimento expressivo do complexo soja, consolidando o Brasil como principal exportador mundial do segmento”, diz Beraldo. Nos três primeiros meses de 2004, o Brasil exportou o equivalente a 5,7 milhões de toneladas de soja (soja em grão, farelo e óleo), gerando faturamento de US$ 1,6 bilhão. Em igual período de 2003, as exportações atingiram 4,5 milhões de toneladas, com faturamento de US$ 1 bilhão. Houve um crescimento de 25,4% em volume e de 59,2% em faturamento, dentro das exportações do complexo soja, quando comparados os resultados do primeiro trimestre deste ano com os de igual período do ano passado.

Beraldo explica que há aumento dos volumes exportados e elevação dos preços médios. Entre janeiro e março deste ano, por exemplo, o preço médio pago pelos produtos do complexo soja foi de US$ 286,90 por tonelada, 27% a mais que os US$ 225,90 por tonelada exercidos no primeiro trimestre de 2003. No caso da soja, a elevação dos preços médios foi motivada pela queda dos estoques mundiais e simultâneo aumento da demanda global pelo grão.

No complexo carnes também houve aumento dos preços médios de exportação, que subiram de US$ 1.033,60 por tonelada nos primeiros três meses do ano passado, para US$ 1.379,30 no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 33,4%. “Isso se deve aos problemas sanitários enfrentados pelos principais concorrentes do Brasil nesse setor, como Estados Unidos e países asiáticos”, justifica Beraldo.

No primeiro trimestre, o complexo carnes exportou o equivalente a 904 mil toneladas, crescimento de 7,5% na comparação com as 841 mil toneladas de igual período de 2003. O setor obteve faturamento de US$ 1,2 bilhão com exportações, frente US$ 869 milhões no primeiro trimestre do ano passado.

Fonte: Departamento de Comunicação da CNA, adaptado por Equipe BeefPoint

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