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Faeda fala sobre preservação e sugere compensações

O leitor do BeefPoint, Laercio Faeda, de Cuiabá/MT, enviou um comentário ao artigo "Mundo Sustentável", publicado na seção Espaço Aberto, em que fala sobre preservação ambiental e pede melhores critérios para determinar o que precisa ser preservado."Acho esquisito pessoas excessivamente urbanas intitularem-se defensores da Amazônia. Defensores da Amazônia somos nós que vivemos e produzimos alimentos aqui".

O leitor do BeefPoint, Laercio Faeda (Produção de gado de corte), de Cuiabá, Mato Grosso, enviou um comentário ao artigo “Mundo Sustentável“. Abaixo leia a carta na íntegra.

“Acho esquisito pessoas excessivamente urbanas intitularem-se defensores da Amazônia.

Defensores da Amazônia somos nós que vivemos e produzimos alimentos aqui.

É muito fácil para essas pessoas que vivem de especulação em bolsa ou tem seu patrimônio investido em imóveis urbanos, falar de ecologia, sentados à beira da piscina, comendo um bom churrasco e que não abrem mão de se locomoverem em um bom carro poluente.

Quem tem imóveis rurais na amazônia, excluindo os sem terras, pagou por eles, não recebeu de graça. Essas áreas foram vendidas pelo próprio Governo, em décadas anteriores, quando a polícita era ocupar e produzir.

Também acho que temos que preservar a natureza, mas com critérios. Como vou manter uma propriedade se não puder produzir riquezas.

Agora, como comprei e paguei pela propriedade rural, nada mais justo que, sobre a área de reserva florestal que terei que manter, para captação de carbono e produção de oxigênio que, inclusive, vem sendo respirado e consumido de graça pelos ecologistas e todas as demais pessoas urbanas, seja instituido um fundo a ser revertido aos produtores de oxigênio, a título de indezinação e incentivo à mantença e conservação da floresta.

Então, senhores ecologistas, vamos começar a discutir sobre isso? Se a sua proriedade urbana não produz oxigênio que tal começar a pagar por ele.”

Clique aqui para ler mais opiniões sobre este assunto.

0 Comments

  1. renato morbin disse:

    Parabéns Laercio, essa linha de pensamento é mais do que correta. Os paises ricos, que acabaram com as suas florestas para se desenvolver e que até estes dias atrás recusavam assinar tratados para não emissão de gases poluentes, tem que pagar pela preservação. É muito facil ficar dando palpites dentro de um escritório com ar condicionado sobre o que se deve conservar, dificil é ter enfrentado a trinta anos atrás varias malárias, atoleiros e privando boa parte de sua vida do conforto das cidades e tudo isso incentivado pelo governo. E é bom deixar bem claro que não somos a favor da devastação, pelo contrario, somos a favor da manutenção da floresta, da exploração racional das aréas abertas e da punição de quem abusou. Mas isso terá que ter um preço.

  2. HAMILTON BOSSONI disse:

    Porque este ecologista não começam o reflorestamento nas margem do rio tietê em São Paulo?

  3. Paulo Westin Lemos disse:

    De pleno acordo Laercio, parabéns.

    A sociedade urbana precisa conhecer melhor a realidade rural porque bem ou mal, a opinião pública tem muita influencia na política, de onde saem as leis, taxas e tributos.

    Infelizmente somente nós que somos do ramo sabemos disso e pouca gente na cidade sabe. Meter o pau em fazendeiro e dizer na mídia que defende a Amazonia dá Ibope. Aquela imagem antiga do fazendeiro que ficou rico desmatanto, fazenda cheia de bois, etc, ainda é muito comum, quando nós sabemos que hoje a realidade é bem diferente.

    Caminhamos aceleradamente na melhoria da gestão do nosso negócio para não quebrarmos, pois os preços e outros problemas nos colocam uma corda no pescoço a todo momento.

    Ao mesmo tempo nossa consciência ecológica evoluiu imensamente. Esse ponto é crucial porque é preciso reconstruir nossa imagem no sentido de defensores do meio ambiente, pois somos os maiores interessados na preservação. Ser contra seria dar um tiro no pé. Modernizar nossa legislação ambiental é o caminho para conseguir esse equilíbrio. Com a palavra, nossos profissionais do marketing.

  4. Eder Vargas Nunes disse:

    Comungo com a anáise realistica do amigo Laércio Faeda. Está na hora de fazermos coro com suas palavras e sairmos da dialética. Temos que partir para acoes concretas e contundentes, a começar por uma campanha de midia a nivel nacional, promovida pelos nossos representandes legais (CNA, Federaçoes, sociedade Rural, etc) esclarecendo para a grande maioria desinformada populacao, que ouve diariamente nos meios de comunicação, os MINC (MMA) e ONG´s da vida, patrocinados sabemos por quem, denegrindo a nossa imagem, nos taxando de bandidos. Temos que dar um basta nestas falácias.