Em Goiás, os principais índices de mau aproveitamento da terra se dão nas áreas de pecuária. Dos 15 milhões de hectares destinados às pastagens artificiais, cerca de 50% estão subutilizados. A racionalização do setor, por meio da integração com a agricultura e da recomposição dos pastos, é uma medida alternativa para o bom aproveitamento do solo e aumento da produtividade. Além de ser uma maneira eficaz de aumentar a produção em meio à crise gerada pela falta de alimentos.
Em Goiás, os principais índices de mau aproveitamento da terra se dão nas áreas de pecuária. Dos 15 milhões de hectares destinados às pastagens artificiais, cerca de 50% estão subutilizados. A racionalização do setor, por meio da integração com a agricultura e da recomposição dos pastos, é uma medida alternativa para o bom aproveitamento do solo e aumento da produtividade. Além de ser uma maneira eficaz de aumentar a produção em meio à crise gerada pela falta de alimentos.
No Estado, de acordo com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Goiás (Seagro), as principais zonas subaproveitadas estão nas regiões Norte e Nordeste, onde a principal atividade é a pecuária extensiva.
Segundo o economista da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Pedro Arantes, a reconstituição da pastagem degradada poderia liberar cerca de 7 a 10 milhões de hectares para agricultura. “Temos um potencial de dobrar ou triplicar a produção sem mexer no meio ambiente”, analisa.
Já a integração entre a agricultura e pecuária permite inserir o território destinado à pastagem no modelo produtivo de lavouras, ou seja, a mesma terra é utilizada para as duas atividades. Presidente da Faeg, José Mário Schreiner ressalta que a questão deve ser vista de forma macro, levando em conta todos os custos de uma plantação. Segundo José Mário, a solução da crise dos alimentos por meio do aumento da produção em nível estadual deve levar em conta toda estrutura logística, como rodovias, ferrovias e portos, além dos altos valores dos insumos agrícolas. “No último ano (o insumo) triplicou o preço, onerando o custo da produção.”
A integração entre as duas atividades é positiva para a produção e também para o solo, pois recicla seus nutrientes e os dejetos deixados pelos animais são aproveitados. “Cultura como soja fixa o nitrogênio que é importante para o desenvolvimento das gramíneas que são usadas para pastagem”, explica o engenheiro agrônomo Antônio Pasqualetto. Segundo ele, além da integração entre a agricultura e pecuária, a melhora da genética animal e das sementes, o sistema de rodízios, o manejo de culturas para aumentar a produção e o plantio consorciado são maneiras de melhorar a utilização do solo e aumentar a sua potencialidade para as duas atividades. As informações são do Diário da Manhã.