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Faeg recomenda venda à vista

A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) está acompanhando a atual situação das plantas frigoríficas. "Recomendamos aos produtores rurais cautela nas novas negociações e lembramos que a Faeg lançou a campanha 'Gado Só à Vista' e o Programa Boi na Bolsa para que problemas como os ocorridos em 2009 com outras plantas frigoríficas sejam evitados", alerta o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Faeg, José Manoel Caixeta Haun.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) está acompanhando a atual situação das plantas frigoríficas. “Recomendamos aos produtores rurais cautela nas novas negociações e lembramos que a Faeg lançou a campanha ‘Gado Só à Vista’ e o Programa Boi na Bolsa para que problemas como os ocorridos em 2009 com outras plantas frigoríficas sejam evitados”, alerta o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Faeg, José Manoel Caixeta Haun.

“Gado Só à Vista”

A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) lançou em 2009, a campanha “Gado Só à Vista”, realizada simultaneamente com as Federações de Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato) e Mato Grosso do Sul (Famasul).

Venda de gado somente à vista e para indústrias que não estejam devendo produtores rurais. Este é o mote da campanha com o objetivo de conscientizar os pecuaristas de que é preciso mudar as formas de comercialização com a indústria. O presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, explicou que é preciso “Resguardar os produtores para que tenham seus recebimentos garantidos”.

Boi na Bolsa

A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) lançou no ano passado o programa Boi na Bolsa. Trata-se de uma nova ferramenta que permite ao produtor comercializar eletronicamente boi gordo no mercado físico e ter segurança de recebimento pela matéria-prima entregue à indústria.

O programa é um convênio entre a Faeg, Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato), Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul) e Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) com a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F/Bovespa) e a Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM).

Haun explica que a vantagem desta modalidade de comercialização é a garantia do recebimento. Ele explica que quando o negócio é fechado, o frigorífico deve repassar à bolsa 90% da quantia negociada três dias antes do embarque dos animais na fazenda. Após o abate, a indústria repassa os outros 10% restantes. “Dessa forma, o pecuarista tem a certeza de que o pagamento pelos animais fornecidos está garantido”, ressalta Haun.

Segundo o presidente do Sistema Faeg/Senar, o programa Boi na Bolsa é o primeiro passo de um grande processo de evolução da cadeia pecuária brasileira até chegar a venda do boi, considerando o peso vivo na fazenda. “O comércio no Brasil é completamente diferente do resto do mundo e queremos padronizar essa comercialização”, ressalta.

O diretor de Commodities da BM&F/Bovespa, Ivan Wedekin, disse que essa é uma nova alternativa de comércio para produtores e para os frigoríficos se abastecerem. Segundo ele a adesão tanto de pecuaristas quanto dos frigoríficos é livre. E o preço praticado nessa modalidade de negócio não é determinado por nenhuma das partes, mas seguirá a lei da oferta e da procura.

As informações são da Faeg, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Luciano Andrade Gouveia Vilela disse:

    Até o ano de 2004, no Norte do Tocantins, os frigoríficos presentes no estado sofriam forte concorrência da compra de boi em pé para os estados do nordeste como Ceará, Paraíba e Pernambuco. Essa mdalidade, que também era praticada pelos frigoríficos da região se baseia em pagamento no momento do embarque, peso da fazenda com rendimento variando de acordo com o peso vivo, acabamento e porcentagem de sangue leiteiro. Para isso se cria uma tabela de rendimento que varia de 50 a 53% (de um em um ponto percentual), na qual é anotado individualmente o peso de cada animal na coluna de rendimento à qual ele se enquadre. A partir de 2005 os frigoríficos que abatem no estado simplesmente disseram que não mais comprariam usando esta tabela e sim o peso morto. Neste momento, nós, os pecuaristas da região aceitamos a nova modalidade, e aí nunca mais os frigoríficos compraram usando a tabela. Como os abates no peso morto muito raramente atingem os valores da tabela, os próprios compradores do Nordeste, que parecem cada vez menos entusiasmados, talvez pela distància, ou ICM ou mesmo a oferta lá reduziram em 1 ponto percntual os rendimentos estabeleciados. E nós pecuaristas novamente aceitamos.
    Só posso enchergar isso como falta de opção!
    Abraço a todos