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Faet próxima de acordo para rastrear rebanho do Tocantins

Nos próximos dez dias a Federação da Agricultura do Tocantins (Faet) pretende firmar convênio com o grupo Planejar, com sede em Porto Alegre (RS), para colocar à disposição dos pecuaristas uma ferramenta para a realização da rastreabilidade e certificação do rebanho bovino do Estado destinado a corte. “O contrato entre os proprietários e a empresa será feito diretamente, mas a Faet pretende tornar mais acessível e curto este caminho”, explica o presidente em exercício da entidade, Nasser Iunes, também secretário da Agricultura.

Por enquanto, explicou Iunes, a rastreabilidade não é uma exigência governamental, porém, como existe pouca oferta de animais rastreados, ele acredita que quem investir nessa normatização pode ter uma rentabilidade maior no curto prazo. O diretor de marketing da Planejar, Leandro Reneu Ries, disse que hoje existe uma demanda na Comunidade Econômica Européia (CEE) que gira em torno de 700 mil animais rastreados ao mês e que o estoque existente está em torno de 300 mil cabeças. Por isso Iunes acredita que fará um bom negócio quem implantar esse sistema imediatamente em suas propriedades, pois, na sua avaliação, os frigoríficos vão remunerar melhor esse produto certificado.

Por enquanto a rastreabilidade não é obrigatória, mas existe uma pressão mercadológica nesse sentido, tanto que a partir de dezembro de 2003 , 100% das exportações de carnes deverão ser rastreadas, e até 2007, todo abate no País. “O mercado interno também quer segurança alimentar”, enfatiza Ries.

Processo rápido

O processo de identificação é rápido. De acordo com Ries, no momento em que o produtor aceita e adere ao sistema, em um prazo de 15 dias os animais estão identificados, auditados e com as informações lançadas no sistema controlado pelo governo.

Na solução apresentada pela Planejar, que é o acesso a um banco de dados que gerencia as informações geradas na fazenda, a auditoria para certificar as informações repassadas pelo produtor e o processo de identificação animal que precisa ser individualizado, custa R$ 3,40 a R$ 3,50/animal para um volume de 700 a 850 animais por produtor. Para um produtor que trabalha com 500 animais nesse processo, vai gastar algo em torno de R$ 4 por animal.

“O valor varia de acordo com a escala”, explica Ries. O custo é único na vida do animal e representa 0,5% a 0,4% do valor de venda. A inscrição pode ser feita via internet ao custo de R$ 75 por produtor, no ato da adesão, e uma anuidade a partir de 12 meses da assinatura do contrato. Os custos de deslocamento do auditor também ficam por conta do produtor.

Fonte: Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint

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