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Falta de animais no Sisbov reduz abate na indústria do RS

A indústria exportadora de carne do Rio Grande do Sul está com dificuldade de obter gado para abate. O diretor-presidente do Frigorífico Mercosul, Mauro Pilz, confirma redução de metade da capacidade de abate do frigorífico nas últimas duas semanas devido à falta de adesão à rastreabilidade bovina determinada pelo Sistema de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov).

“Além de não acreditarem no processo, a falta de estrutura das empresas quanto ao fornecimento de brinco originou o problema com a demanda dos produtores na última hora”, revela. O Mercosul está abatendo menos de mil cabeças por dia.

Para o diretor executivo do Sindicato da Indústria da Carne do RS (Sicadergs), Zilmar Moussalle, as indústrias exportadoras têm dificuldades para conseguir animais certificados devido à falta de informação do produtor para a exigência do mercado. “Não há conscientização. As indústrias pagam R$ 60 por cabeça certificada com perfil exportador”, observa, para um custo por brinco “de cerca de R$ 4”.

Moussalle anuncia ainda, segundo números das certificadoras, que “são menos de 5% os animais certificados no RS para um rebanho de 14 milhões”. Nesse número, diz, também estão recém-nascidos e terneiros não disponíveis.

Para o presidente da Comissão de Agricultura e Pecuária da Assembléia Legislativa, Jerônimo Goergen, há uma desestruturação no setor que não vê confiança devido a fatores como abigeato. “O maior problema é a clandestinidade, 60% do abate é clandestino no RS”. Ele defende a criação de uma agência, ligada à SAA, que trabalhe no setor animal e vegetal, projeto que será apresentado ao governo como defendido na CPI das Carnes em 2003.

Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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