Uma comissão de pecuaristas credores do Frigorífico Independência foi formada nesta quinta-feira (23) para discutir o Plano de Recuperação Judicial apresentado pela empresa. Leôncio Brito, Paulo Martins e Geraldo Moraes terão a missão de representar os produtores rurais de MS na decisão de aceitar ou não o plano. Eles têm até o dia 18 de agosto para se encontrar com outros produtores na mesma situação para avaliar os itens do plano em conjunto e emitir a sua opinião.
Uma comissão de pecuaristas credores do Frigorífico Independência foi formada nesta quinta-feira (23) para discutir o Plano de Recuperação Judicial apresentado pela empresa. Leôncio Brito, Paulo Martins e Geraldo Moraes terão a missão de representar os produtores rurais de MS na decisão de aceitar ou não o plano. Eles têm até o dia 18 de agosto para se encontrar com outros produtores na mesma situação para avaliar os itens do plano em conjunto e emitir a sua opinião. A decisão foi tomada na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de MS – FAMASUL, em Campo Grande, que se comprometeu a continuar orientando os pecuaristas na questão.
O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, sugeriu que outros estados como Mato Grosso e Goiás façam o mesmo. “Negociar é a melhor solução”, defendeu Nogueira.
O plano já começou a ser discutido. O assessor jurídico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, Cristiano Barreto Zaranza, apresentou a análise feita em conjunto com a FAMASUL e as federações de Goiás e Mato Grosso. Alguns pontos foram considerados negativos pela instituição como a isenção de responsabilidade dos sócios do Independência e seus cônjuges no pagamento e o julgamento do plano em outra comarca, a de Cajamar (SP), onde está a sede do Independência. “Seria dispendioso para os pecuaristas terem de sair do Estado”, disse Zaranza.
Entre outros pontos, o plano estipula prazo prolongado para pagamento das dívidas aos credores – condicionado a um empréstimo bancário de R$ 330 milhões -, e o pagamento parcelado em 36 vezes das dívidas acima de R$ 80 mil.
Tanto Antenor quanto representantes da Famasul fizeram questão de reforçar várias vezes que a decisão sobre o plano partirá dos produtores, após assembléias em todos os estados onde há credores e também de destacar que a intenção “não é quebrar o Independência”. O presidente do Sindicato Rural de Campo Grande e da Comissão Estadual de Pecuária de Corte, José Lemos Monteiro, chegou a falar que a indústria também sofre com altas cargas tributárias, mas Antenor rebateu que os tributos atingem a todos e, para ele, a questão é de gerenciamento.
Após a reunião em Mato Grosso do Sul, haverá outras em Goiás, Rondônia e Mato Grosso e, se em todos os produtores manifestarem contrariedade ao plano, será elaborada uma contraproposta.
De acordo com a FAMASUL, 282 pecuaristas procuraram a instituição apresentando-se como credores do Independência. A dívida da empresa com eles gira em torno de R$ 45 milhões.
As informações são da Famasul, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.