Forte pressão dos compradores, indicador recua R$ 0,49
30 de outubro de 2008
Mercados Futuros – 31/10/08
3 de novembro de 2008

Famasul: notícias da Rússia não passam de especulação

As notícias de que até 90 mil toneladas de carne brasileira destinadas ao mercado russo estão paradas em fábricas, portos e navios são especulativas na avaliação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), Ademar Silva Junior. "Novamente nos deparamos com uma informação para manipular o mercado e derrubar os preços pagos aos produtores rurais", comentou o presidente da entidade.

As notícias de que até 90 mil toneladas de carne brasileira destinadas ao mercado russo estão paradas em fábricas, portos e navios são especulativas na avaliação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), Ademar Silva Junior. “Novamente nos deparamos com uma informação para manipular o mercado e derrubar os preços pagos aos produtores rurais”, comentou o presidente da entidade.

A notícia da última semana de uma superoferta de carnes para a Rússia acabou por baixar os valores da arroba na última semana. “Os produtores precisam segurar o boi no pasto para recuperar os valores até o fim dessas informações especulativas”, aconselha Silva Junior.

O presidente da FAMASUL não acredita em uma série de quebras de contrato por parte dos importadores russos. “A alegação de que os negócios com carne bovina entre os dois países estão parados depois que os importadores russos disseram que não há crédito – por causa da crise financeira – me parece mais uma forma de baixar o valor da arroba para o produtor brasileiro”, criticou. “Mesmo que estas informações estejam corretas o erro comercial de uma indústria, não pode ser repassado aos produtores rurais”, completa.

Com as festas de fim de ano se aproximando, o consumo de carnes tende a aumentar. “É a lei da oferta e procura. Com o aumento do consumo das carnes, os valores tendem a subir, inclusive para o pecuarista. A queda do valor da arroba num período como este é, no mínimo, estranha”, afirmou.

As informações são da Famasul.

0 Comments

  1. renato morbin disse:

    O Sr. Ademar Silva Junior está muito animado com os preços da carne, nesse caso sugiro alugar um frigorifico exportador, ja que hoje existem varios parados e exportar a carne para a Russia, pois desta maneira ninguem poderia “manipular” os preços e daria um ótimo resultado.

    Olha, tem que prestar atenção, pois a Russia compra 90% de carne de dianteiro, potanto o traseiro e a costela terão que ir para outro lugar.

    Boa sorte.

  2. Alexandre A. Rensi disse:

    Dizem que os Russos não tem recursos para pagar pela nossa carne, porém estão adquirindo plantas frigorificas na America do Sul, aqui vai o recado para nossos frigoríficos: Abram os olhos ou ficarão sem o mercado Russo dentro de poucos anos. Veja artigo no site http://www.meatrussia.com/news :

    “One of the last three remaining privately owned meat companies in Argentina, was sold this week, to a firm of Russian meat traders. Argentine Beef Packers SA (ABP), sold their main beef plants at Yaguanna along with two farms and a feed-lot for 7,000 head of cattle, to Agropodia SA, Puerto Madero, Buenos Aires. The deal was said to be US$46.2 million for 51% of the company” 29/10/2008.

  3. Alexandre A. Rensi disse:

    Continuando, os frigorificos dizem que os Russos não têm linhas de crédito para pagar pela carne brasileira, mas vêm aumentando a importação de carne de porco dos EUA, veja no site http://www.meatrussia.com :

    Russia to Increase Pork Imports from the USA

    29 october 2008

    Russia increased US pork imports by 174%, up to 141.4 thousand tons in volume when compared to the corresponding period of the last year, and up 177% to $302 million in value, USFoods reports with reference to statistics data of the USDA. According to this data, American pork imports exceeded 28 thousand tons valued at $61.9 million in August 2008

  4. Paulo Cesar Bassan Goncalves disse:

    As notícias que se tem a respeito de bois em terminação não são boas caro Evandro e tambem não acredito em retenção do boi no pasto pois não há pasto.

    Os períodos de seca e a baixa rentabilidade da pecuária nos ultimos 5 anos não permitiram aos pecuaristas a recuperação das pastagens que segundo dados disponíveis estão degradadas em 80% do território nacional. Infelizmente o boi vai subir mais.

  5. thiago alves apolinario disse:

    Bom meu caro amigo Evandro do santos, de Guarulhos, eu não sei ai em são paulo mas pelo menos no estado de rodônia, principalmente esse ano os frigoríficos passaram apertado, escalas curtas e até semanas sem abates, não há pasto no estado, a seca esse ano foi muito brava, voltou a chover tarde, confinamentos no estado tem poucos, então a reposição está complicada, por isso posso lhe dizem que a @ vai continuar alta, principalmente aqui no estado de rondônia, que do ano passado para esse ano igualhou a @ ao preço pago no estado do mato grosso, e goiás e em vários outros aspéctos, controle de qualidade, precocidade, e para a industria ter esses animais eles vão ter que pagar um preço por isso, ou fecham as portas, infelizmente, o pecuárista, já pagou muito pela industria, antigamente os produtores, estavam “nas mãos das poucas industrias que estavam no mercado”, hoje os papeis inverteram e o pecuárista escolhe qual o melhor preço a vender seus animais, (e pode tentar controlar os preços, com igualdade, podem fazer o que quizerem, os produtures brasileiros estão mais atualizados, e mais atentos ao mercado, não como a 10, 15 anos atraz, desculpe mas não sei ai no estado de são paulo mas por aqui em Rondônia, as coisas estão muito mudadas e olha que passei um bom tempo estudando e acomapanhando o mercado, hoje o segundo maior rebanho do pais, no estado do mato grosso do sul e entendo bem, alem da minha profissão ajudar, obrigado).

  6. Antonio Silvio Abeid Moura ( Silvio Moura ) disse:

    Frigoríficos vão quebrar, diz o sr. Evandro Santos. Toda a cadeia sabe que a exportação é só 20% da produção. Há um ano atras, deitaram e rolaram com a arroba a R$55, vendendo a “lá sabe-se quanto para a Russia” e o produtor ficou a ver navios.

    Pois bem, se não conseguem trabalhrar com a arroba do jeito que está, é porque são incompetentes, administrativamente falando.

  7. Péricles Gouveia Bertoni disse:

    De fato há muita especulação no mercado sobre a Russia quanto ao volume, mas o fato é que há quebra de contrato nunca vista antes pelos importadores Russos, a falta de credito neste mercado fez com que muitas empresas tivessem problemas de caixa sendo que o Sr. Ademar Silva Junior não tem conhecimento, já quebraram muitas empresas na Russia e tem sim um volume de produto parado em portos Europeus (incluindo Saint Petersburgo).

    Basta apenas ligar para uma das companias de navegação com este destino para confirmar estes dados onde a estadia dos containers parados neste porto de destino já subiram, infelizmente vamos ter uma safra com valores para a arroba menores este ano pois a conjutura internacional não ajuda e o mercado interno não vai sustentar toda nossa produção mesmo que os frigoríficos reduzam suas escalas de abate como já estão fazendo.

    O problema que estamos enfrentando é de toda a cadeia produtiva e vai do exportador ao produtor e todos vão reduzir suas margens e lutar para se manter no negócio.

  8. Pedro Junqueira Netto disse:

    É por essas e outras razões que nossa cadeia da carne não progride, empresários da indústria e pecuária falaram e ninguém conseguiu agregar nenhuma informação para nossa cadeia produtiva e sim acusações esdrúxulas sem nenhuma informação de como mantermos nossas vendas, continuar conquistando mercados e agregar valor ao nosso produto.

    Por isso concordo com Alexandre, mas quem vai continuar a dominar o mercado de carnes nobres é a Austrália que tem empresários bem mais esclarecidos, que trabalham em parceria com toda a cadeia produtiva, visando sempre produzir carne de alto valor agregado.

  9. Armando Gomes de Almeida disse:

    Quem vender bois nesta ocasião com certeza perderá, acho que o momento é de cautela, devemos aguardar o momento certo para vendermos. Se negociarmos o boi agora pelo preço do mercado não cobrirá os custo, sal mineral, vacinas, medicamentos etc. e a reposição.

    Com certesa os frigorificos estão abatendo gado de confinamento e bois comprados no mercado futuro, quando os estoque acabar é o nosso momento.

  10. Alysson Santos disse:

    Como é esclarecedor seu comentário.

    Quando o Sr diz:

    “Há de se definir estratégia para exportação e mercado interno, nenhum frigorífico brasileiro exporta 100% da sua produção, então tem que ter estratégia para o mercado interno, mas a maioria não tem, a estratégia deles é apenas a seguinte o que sobrar vendemos no mercado interno, alguns quando as exportações estão boas, simplesmente abandonam o mercado interno, vendendo apenas excedentes de exportação a qualquer preço, burrice!

    No meu entendimento a coisa deveria ser bem definida: x% do meu abate é exportação e y% é mercado interno, desta forma trabalhariam com respeito aos clientes, logo teriam parcerias.”

    Fica envidente a “ciranda financeira da carne” e o papel de cada um dentro dela!

    Frigoríficos: “jogam” com os produtores (nós) e “consumidores” (grandes redes de supermercados), estando sujeitos a todas as oscilações de mercado devido a sua desatenção e descaso administrativo para com isso! Afinal em jogo que se ta “ganhando” não se mexe! Pare de fornecer ao mercado interno com tanta benevolênca e direcione políticas de preços a exportações para outros mercados, como o Oriente Médio – árabes, mulçumanos, etc., que já se manisfestaram a favor recentemente a manter relações de compra de nossas carnes, visitando a planta frigorifica nova de Ariquemes/RO – FRIGOARI/COOPERARI.

    Espécie frigoríficos – está sempre na parte alta da cadeia alimentar, também chamados de predadores.

    Grandes redes: sempre foi velado que são as maiores fontes para escoamento de produção interna de praticamente quase todos os produtos no Brasil, classes A,B,C,D e agora E, afinal é lá que “todas” as familias brasileiras fazem suas compras! Seriam os “barões” do mercado então?

    Grandes redes, também chamados de carrefour, big, extra, sendas, pao de açucar, entre tantos outros “gigantes maldosos para com os frigorificos”.
    Está sempre na parte alta da cadei alimentar.

    Produtor: o “patinho feio” da história toda! Enfrenta governo, frigorificos, laboratorios de remedios, fornecedores, empregados, e sonha um dia ter pasto sobrando (pelas dificuldades tem sempre que trabalhar no limite ou até acima!) e um preço/@ condizente com as suas necessidades de custeio.

    Produtor – está sempre na parte de baixo da cadeia alimentar.

    Enfim, nessa “luta pela sobrevivência” atual no mundo da carne e das comoditties, vive quem souber sobreviver melhor, claro que sempre existirão os predadores, os “amigos” dos predadores e os produtores.

    Que Deus nos ilumine sempre, mesmo que tenham novas crises (que não foi culpa dos produtores), mesmo que os frigorificos não tenham estrategias adequadas ao mercado em que atuam para pagar o preço justo por sua materia-prima (que não é culpa dos produtores), mesmo que as grandes “malvadas” redes de super, hiper, mega, maxi, top, plus, ultra, phd-mercados não pratiquem o preço justo com os frigorificos (que não é culpa dos produtores).