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Famato elabora sugestões para dinamizar o Sisbov

Em reunião na terça-feira (18), a Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato) definiu sugestões para que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento possa simplificar e agilizar o sistema de rastreabilidade.

Em reunião na terça-feira (18), a Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato) definiu sugestões para que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento possa simplificar e agilizar o sistema de rastreabilidade.

Uma das sugestões diz respeito ao livro de certificação da propriedade. O presidente da Famato, Rui Prado, explicou que atualmente o sistema exige que três formulários sejam preenchidos com informações da fazenda, enquanto que, apenas uma folha seria suficiente para fazer a identificação.

A incompatibilidade dos números da base de dados dos órgãos de defesa com a do Sisbov é outro entrave que poderia ser resolvido com a unificação. “Com os dois órgãos utilizando a mesma base de informações, além de dinamizar o processo, os dados estariam sempre atualizados”, comentou Prado.

Segundo o consultor de pecuária da Famato, Luiz Carlos Meister, o sistema de rastreabilidade brasileiro é complexo e necessita de uma gestão dinâmica e eficiente. “A nossa sugestão neste sentido é que o Ministério da Agricultura crie um comitê gestor específico para o Sisbov. A nossa proposta é que este grupo seja formado por dois representantes do ministério, um representante dos produtores rurais de cada estado brasileiro habilitado para exportar carne, um representante da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), um da Associação Brasileira dos Frigoríficos (Abafrigo) e um da Associação Brasileira de Industrias Exportadoras de Carnes (Abiec). O Fórum Nacional Nacional das Entidades de Saúde Animal (Funesa), também terá representante no comitê”, explicou.

As informações são da Famato.

0 Comments

  1. José Leonardo Montes disse:

    eu ja elogiei as ações da famato e torno parabeniza-los pelas atitudes que estão tomando, e acho que estão no caminho certo somente penso que deveriam proporuma gestão da iniciativa privada e um controle de auditagem pelo mapa e instituto de defesa animal de cada etado, e unificação das informações de quantidade de bovinos na fazenda tanto no mapa como nos estados, assim poderia simplificar e muito a rastreabilidade, e ai sim funcionar com mais claresa e rapidez.

  2. Fernando Fedato disse:

    Concordo com a FAMATO sobre suas sugestões em questão aos formulários e a unificação do SISBOV com os órgãos de Sanidade.
    Agora se falando em formação de Comitê para fazer a gestão desse sistema, acredito que estas entidades que foram mencionadas são competentes, mas ainda faltam integrantes que possam ser eficientes para que seja elaborada uma gestão com fundamentos condizentes à realidade do Brasil. Mostrando ao Mundo o que nós produzimos.

  3. Jorge Humberto Toldo disse:

    Prezados Amigos,

    Toda e qualquer medida que traga simplificações ao SISBOV é bem vinda, porém, vejo com muito receio essa “reforma” do SISBOV.

    Aliás a palavra “reforma” no Brasil está mais desmoralizada do que nunca, já estamos enojados de ouvir falar em reformas que venham de Brasília.

    Tudo que tenho visto até agora não passa de “reformas”, é tapar sol com peneira. Tenho defendido a idéia de certificar apenas a propriedade e acabar com os brincos nos bois; para certificar a propriedade basta um laudo de um profissional de ciências agrárias cadastrado ao MAPA, sendo de preferência feito pelos técnicos dos Órgãos de Defesa Animal de cada estado, pois eles já tem as fichas atualizadas dos rebanhos.

    De qualquer forma isso já é feito, apenas por técnicos que muitas vezes residem em outros estados, que são os técnicos responsáveis pelas certificadoras, esses nem conhecem as propriedades e precisam se atualizar mediante as fichas dos Órgãos de Defesa Animal. Pronto fomos ao outro lado do Brasil e voltamos ao mesmo lugar, entende?

    Além do mais, essas “reformas” do SISBOV que o Ministro pretende fazer em 60 dias (se não conseguiram em anos de existência!) garantem que os europeus comprem nossa carne? Ou serão novas e sequenciais IN´s que novamente confundirão as cabeças dos produtores e no final das contas os europeus não aceitam? Que garantias teremos agora? Essas “reformas” têm aval dos europeus? Porque se for para continuar pedindo bênção a eles é melhor jogar isso tudo no lixo e continuar sem eles, como estamos e não quebramos!

    Não podemos perder essa chance, que me parece única, de implantar um SISBOV compatível com nossa realidade, mais cedo ou mais tarde eles virão e comprarão nossa carne!

  4. Breno Augusto de Oliveira disse:

    Mais uma vez os burocratas estão tomandos decisões sem consultar todos os pecuaristas principalmente no MT, estado este que possuí enormes problemas agrários, ambientais e sociais.

    Praticar gestão e dinamismo é a ponta piramide na pecuaria estadual, a base deve ser construída com melhor educação, segurança, escrituração agrária, financiamentos, logística e não sobrecarregar as instituiçoes de defesa sanitária que atualmente deixam a desejar em inúmeros aspectos, certificar agroalimentos é serviço de profissionais capacitados, estimulados e equipados.

  5. Janete Zerwes disse:

    Caro Jorge Humberto,

    Concordo com você e gostaria de acrescentar que:

    Mais uma vez, uma crise desencadeada por embargos de mercados compradores da nossa carne, traz à tona a fragilidade de nosso sistema de controle garantidor de Segurança Alimentar.

    Crise como essa gerada pela falhas de nosso sistema de rastreamento, poderia ser evitada se houvesse a mínima prudência e habilidade por parte do setor público antes de aceitar cláusulas contratuais para as exportações de carne para EU, mediante o comprometimento de adotar um sistema de rastreamento complexo, similar ao usado pelos países membros da EU.

    O SISBOV, foi criado , sem a devida adequação à nossa realidade geográfica, cultural e econômica (nós produtores arcamos com os custos e ainda estamos sujeitos aos riscos). Mal informatizado e desarticulado permitiu aos irlandeses questionar a eficiência e confiabilidade desse sistema (livre mercado é isso, uso de todos os recursos para prejudicar os concorrentes).

    Antes de aceitar as condições propostas pelos nossos importadores europeus, nossos representantes legais, deveriam ter feito consultas mínimas sobre:
    Legislação brasileira que ampara a segurança alimentar;
    Estrutura fiscalizadora do Estado desde as bases até o topo;
    Disponibilidade científica e técnica (informatização por exemplo) para condução do processo de implantação do sistema;
    Tempo e recursos necessários para a adequação do produtor ao sistema de rastreamento.

    Talvez em conjunto, Estado/Produtores tivéssemos encontrado soluções mais baratas e pedagógicas para viabilizar o sistema de rastreamento e sua implantação. Afinal reduzir custos e criar novas tecnologias, são nossas especialidades, senão há muito teríamos deixado de produzir alimentos baratos para o mundo inteiro.

    Abraço,
    Janete Zerwes
    Coordenadora em Tecnologia e Pecuária da Comissão de Produtoras Rurais da FAMATO.

  6. José Antonio dos Santos disse:

    Acho que é o momento dos produtores se unirem, enviar sugesões que tornem o SISBOV, mais viavel e adequado a realidade do pais. Afinal quem produz nunca faz susgestão alguma, apenas acata o que é proposto pelos nossos dirigentes, acho que agora e momento de uma pecuária mais participativa, pois somos o maior exportador de carne, temos que exigir, não apenas aceitar o que nós é imposto.