Segundo o presidente da Famato, há escassez de oferta do boi para o corte e em 2011 essa situação pode se agravar, pressionando ainda mais os preços. Uma das alternativas para a redução do custo será a retomada do abate de fêmeas, entretanto isso pode causar uma diminuição ainda maior do rebanho, resolvendo um problema pontual, mas agravando uma crise estrutural.
A pecuária passa por uma crise forte crise em Mato Grosso e precisa de um projeto governamental sério para se recuperar. A avaliação é do presidente de Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, que apresentou um balanço da ‘temporada’ 2009/2010 e fez projeções para 2010/2011.
Segundo o presidente da Famato, há escassez de oferta do boi para o corte e em 2011 essa situação pode se agravar, pressionando ainda mais os preços. Uma das alternativas para a redução do custo será a retomada do abate de fêmeas, entretanto isso pode causar uma diminuição ainda maior do rebanho, resolvendo um problema pontual, mas agravando uma crise estrutural.
“Para quem tem o boi para ofertar isso pode ser bom. Ele vai conseguir bons preços. Mas isso é ruim para o estado, para o consumidor e para o mercado. Precisamos de uma política séria para criar formas de investirmos na pecuária”, ressaltou o presidente da Famato. Prado ainda salienta o fato de a alta do preço se dar principalmente no varejo, não nos setores de produção e atacado.
Ele também apresentou dados do Instituto Mato-grossense se Economia Agropecuária (Imea) que mostram o setor da bovinocultura afundado em prejuízos desde fevereiro de 2005. De acordo com os gráficos, houve apenas recuperações pontuais em alguns meses de 2007, 2008 e em agosto de 2010.
Além de encontrar alternativas de investimento, o presidente da Famato sugeriu trabalhar melhor com o marketing da carne. Segundo ele, a imagem da carne-vermelha precisa ser melhor trabalhada.”Precisamos de soluções sérias”, concluiu.
As informações são do Olhar Direto, adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Precisamos de financiamento de longo prazo (como no programa Minha Casa Minha Vida). Juros civilizados (no máximo 3% a.a.), 20 a 25 anos para pagar e com carência de, no mínimo, 4 anos. Esse financiamento viria com Assistência Técnica, obrigatória, incluído no projeto de integração lavoura-pecuária. Desta forma conseguimos recuperar e desenvolver a pecuária do Estado.
Atenciosamente,
José Salgueiro
Eng. Civil e Pecuarista