O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, defende a integração lavoura-pecuária e a recuperação das pastagens como fatores decisivos para a retomada do crescimento do setor. "Praticamente não se fala mais em abertura de novas áreas para a exploração agropecuária. Então, a saída é investir na recuperação das pastagens para que tenhamos terras produtivas e possamos fazer a integração com a agricultura".
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, defende a integração lavoura-pecuária e a recuperação das pastagens como fatores decisivos para a retomada do crescimento do setor. “Praticamente não se fala mais em abertura de novas áreas para a exploração agropecuária. Então, a saída é investir na recuperação das pastagens para que tenhamos terras produtivas e possamos fazer a integração com a agricultura”.
Segundo Rui Prado, poucos recursos devem ser investidos em projetos “rápidos e consistentes. É preciso otimizar a produção da carne, agregando valores e produzindo de uma forma mais rápida e mais eficiente”.
Ele entende ser necessário produzir mais alimentos por unidade de área. “Do ponto de vista econômico e ambiental, precisamos produzir mais em uma área menor. Ou seja, vivemos um processo de inversão de lógica. Antigamente, quando o pasto ficava ruim, abriam-se áreas novas. Agora, somos obrigados a produzir sem derrubar árvores”.
Para alcançar esse objetivo, na avaliação de Rui Prado, é necessário fazer a renovação das pastagens. “Antes, precisamos ajustar a política de crédito para gerar investimentos. De outra forma esta equação não será fechada”.
Um dos empecilhos, lembrou Rui, é a dificuldade de acesso aos recursos oficiais. Para ele, o avanço da agricultura em áreas de pastagens com aptidão agrícola “é benéfico” porque vai gerar mais proteínas para o suprimento animal.
Atualmente, sistemas mistos de exploração de lavoura e pecuária têm chamado a atenção pelas vantagens que apresentam em relação aos sistemas isolados de agricultura ou de pecuária. A integração lavoura-pecuária pode ser definida como a diversificação, rotação, consorciação e/ou sucessão das atividades de agricultura e de pecuária dentro da propriedade rural de forma harmônica, constituindo um mesmo sistema, de tal maneira que há benefícios para ambas.
Possibilita, como uma das principais vantagens, que o solo seja explorado economicamente durante todo o ano ou, pelo menos, na maior parte dele, favorecendo o aumento na oferta de grãos, de carne e de leite a um custo mais baixo devido ao sinergismo que se cria entre a lavoura e a pastagem.
Este é o principal objetivo da integração. Nesse sistema, as lavouras são utilizadas a fim de que a produção de grãos pague, pelo menos em parte, os custos da recuperação ou da reforma das pastagens. Na área da pastagem degradada, cultivam-se grãos por um, dois ou mais anos e, depois, volta-se com a pastagem, que vai aproveitar os nutrientes residuais das lavouras na produção de forragem.
As informações são do Diário de Cuiabá, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Acredito nos benefícios da integração lavoura / pecuária, mas ao mesmo tempo acho dificil que a maioria dos pecuaristas tradicionais se estabeleça com sucesso na moderna agricultura do Centro-Oeste. Há barreiras culturais, de conhecimento, de capital, de escala de produção, etc que fazem com que poucos pecuaristas consigam ser competitivos.
Também vejo sérias dificuldades para os agricultores atuarem na cria. A cria exige extensas áreas, prazos longos e maiores cuidados.
Me parece mais fácil agricultores entrando na terminação dos machos, via fornecimento de suplementação no cocho. De maneira direta ou se consorciando com pecuaristas.
É por ai que vejo o maior avanço acontecendo.