O índice de preços de carnes comercializadas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (Food and Agriculture Organization – FAO) aumentou no meio de 2004 para o valor mais alto dos últimos oito anos, de acordo com um relatório. A FAO culpou os fechamentos de mercados devido a preocupações com doenças animais e segurança alimentar pelo aumento dos preços.
Os preços médios anuais de carne bovina aumentaram 12%. Entretanto, a FAO disse que o índice se estabilizou nas ultimas semanas, à medida que algumas barreiras a importações de produtos em áreas antes afetadas por doenças foram retiradas, com subseqüente aumento nas exportações.
A FAO estimou que a produção global de carnes em 2004 atingirá 258 milhões de toneladas – 2% a mais do que em 2003. Por região, o mais forte crescimento na produção de carne deste ano é esperado na América do Sul, onde a produção deverá aumentar 5% – atingindo 31 milhões de toneladas. Na Ásia, que normalmente é responsável por cerca de 40% da produção global de carnes, a FAO estimou um crescimento em 2004 de 2,4%, somente metade do crescimento do ano passado.
Os maiores preços para todas as carnes durante o ano limitaram o consumo global de carnes e o consumo per capita deverá aumentar somente marginalmente, de 40,3 para 40,6 quilos. O aumento anual deverá ser o mesmo neste ano para países desenvolvidos e em desenvolvimento, mas o consumo anual per capita nos países em desenvolvimento, estimado em 29,7 quilos, permanecerá sendo somente um terço do consumo dos países desenvolvidos.
“Até o final de 2004, os mercados mundiais gradualmente começarão a reabrir à medida que os países onde as restrições comerciais foram previamente instaladas recuperaram seu status de livre de doença ou substituíram os tipos de carnes de exportação, como para produtos cozidos, o que mitiga as preocupações referentes à segurança alimentar”, disse a FAO no relatório. “Entretanto, a ampla extensão dos fechamentos de mercados e as preocupações referentes à segurança alimentar entre os consumidores durante a maior parte do ano levou a uma queda inesperada de 2% no comércio global de carnes em 2004, para 19,1 milhões de toneladas, o primeiro declínio desde o meio da década de oitenta. Ao mesmo tempo, a participação no comércio entre os exportadores mudou significantemente. A porção dos exportadores dos países desenvolvidos caiu em 3% para 58%, enquanto a América do Sul, maior exportador entre os países em desenvolvimento, deverá aumentar sua participação de 23% para 28%”.
Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint