Vale realçar que a grande elevação de patamar nos preços médios das commodities no mercado internacional aconteceu entre 2007 e 2008, puxada pela demanda dos países emergentes e pelo maior interesse dos fundos de investimento nesses mercados.
O Índice de Preços de Alimentos da FAO, o braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação, confirmou as expectativas e registrou retração expressiva em outubro.
Com o resultado, o indicador desceu ao menor patamar desde novembro de 2010, mas as cotações permanecem elevadas e a preocupação do órgão com a “agroinflação” continua viva, como ficou claro nas discussões em torno do crescimento da população mundial, que acaba de superar a marca de 7 bilhões de pessoas.
Em maior ou menor grau, todos os grupos de produtos que compõem o índice da FAO (carnes, lácteos, cereais, óleo e gorduras e açúcar) colaboraram para que a resultante caísse para 216 pontos, 9 pontos a menos que em setembro. Em relação à média de 2010 (185 pontos), contudo, o número atual ainda é 31 pontos superior, o que não deixa dúvidas sobre o novo recorde anual que será batido em 2011.
Vale realçar que a grande elevação de patamar nos preços médios das commodities no mercado internacional aconteceu entre 2007 e 2008, puxada pela demanda dos países emergentes e pelo maior interesse dos fundos de investimento nesses mercados.
Do ponto de vista dos fundamentos de oferta e demanda das commodities agropecuárias, a FAO alerta que, apesar da proliferação de estimativas que mostram que a produção em geral está em expansão ao mesmo tempo em que se aprofundam as incertezas em relação ao consumo, o quadro permanece apertado.
Para a soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, a FAO espera produção de 472 milhões de toneladas em 2011/12, 0,4%% acima da temporada anterior. No açúcar, o órgão prevê produção de 173,1 milhões de toneladas em 2011/12, alta de 4,1%. No caso das carnes (bovina, suína e de frango), a expectativa é de produção de 294,7 milhões de toneladas no ano civil 2011, um aumento de 1,3%. Mais sobre FAO em www.fao.org.
Fonte: jornal Valor Econômico, adaptada pela Equipe BeefPoint