O Food and Agricultural Policy Research Institute (FAPRI), dos Estados Unidos, divulgou recentemente suas previsões agrícolas até o ano de 2017. No que diz respeito ao mercado de carne bovina e de vitelo, após um declínio de 1,3% em 2006, o comércio mundial de carne bovina se recupera, com mais países seguindo o exemplo do Japão e eliminando as barreiras de importação. Na próxima década, o comércio mundial de carne bovina crescerá a uma taxa média de 2,7%, ficando em 7,6 milhões de toneladas em 2017.
O Food and Agricultural Policy Research Institute (FAPRI), dos Estados Unidos, divulgou recentemente suas previsões agrícolas até o ano de 2017. No que diz respeito ao mercado de carne bovina e de vitelo, após um declínio de 1,3% em 2006, o comércio mundial de carne bovina se recupera, com mais países seguindo o exemplo do Japão e eliminando as barreiras de importação. Na próxima década, o comércio mundial de carne bovina crescerá a uma taxa média de 2,7%, ficando em 7,6 milhões de toneladas em 2017.
Direcionado pelos altos custos dos alimentos animais, o preço da carne bovina atingiu US$ 91,85 por 100 libras (US$ 202,49 por 100 quilos) em 2007. Este preço continuará forte pelo resto da década, retornando a quase US$ 198,41 por 100 quilos em 2017 após um declínio de 2008 a 2014.
A Austrália perde 4,4% de participação no mercado. A Nova Zelândia perde 1,4%. A depreciação monetária, as melhorias na produtividade e a agressiva promoção de mercado permitem que o Brasil capture a liderança na posição de exportador de carne bovina e expanda sua participação no mercado em 14,7%. A Argentina perde 1,9% de participação de mercado, à medida que favorece o uso doméstico do produto em detrimento das exportações, enquanto a Índia perde 0,6% de participação no mercado. Com o comércio de animais vivos, agora aberto com os Estados Unidos, o Canadá perde 3% de participação no mercado no comércio de carne bovina. A União Européia (UE) e a China se tornam importadores líquidos durante o período projetado.
Com a retomada de seu comércio de gado vivo com os EUA, as exportações de bovinos do Canadá crescerão 2,3% anualmente, alcançando 1,55 milhão de cabeças em 2017. Como resultado disso, o comércio será fraco de curto a médio prazo. As exportações líquidas de carne bovina crescerão em 59,6% anualmente na segunda metade da década, atingindo 331 mil toneladas em 2017.
A Austrália expandiu sua participação no suprimento de carne ao mercado da Ásia quando os fornecedores norte-americanos enfrentaram problemas sanitários. As exportações de animais vivos em 2007 foram de somente 79% do pico de 2002. Entretanto, as exportações crescerão 7,7% anualmente, atingindo 1,35 milhão de cabeças em 2017.
A China sempre exportou carne bovina, embora o volume tenha sido pequeno e declinante. Porém, devido ao crescimento econômico e sua acessão na Organização Mundial do Comércio (OMC), a China se tornou um importador de carne bovina e suas importações líquidas alcançarão 666 mil toneladas em 2017. A produção doméstica na China, restrita pela baixa qualidade genética e pela quantidade limitada de terra boa para pastagem, deverá crescer 3,3% anualmente.
A influenza aviária na União Européia (UE) aumentou o consumo per capita de carne bovina em 2006. Desde então, o consumo se reverteu para sua tendência declinante de longo prazo a uma taxa de 0,2% anualmente. Com o desacoplamento máximo do suporte no setor de carne bovina começando em 2007 – os subsídios passaram a ser independentes dos volumes de produção – e a redução no número de bovinos, a produção de carne bovina na UE declinará a uma taxa de 0,2% durante o período projetado. A UE já foi uma pequena importadora líquida em 2003 e continuará nesta posição pelo resto da década, importando 529 mil toneladas em 2017.
A fraca economia e a crise na confiança dos consumidores por causa da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) reduziram as importações de carne bovina do Japão em 2002 em 290 mil toneladas. A recuperação em 2003 foi somente moderada, com as medidas de salvaguarda implementadas e os altos preços mundiais. As importações líquidas declinaram novamente em 2004, com o fechamento da fronteira do Japão para as exportações de carne bovina dos EUA após casos confirmados de EEB neste país. Um declínio de 0,6% na produção e um crescimento de 1,6% no consumo estimularam a expansão das importações líquidas. As importações crescerão em 3,1% e atingirão 0,9 milhões de toneladas em 2017.
A Rússia tem uma cota de carne bovina com uma tarifa para produto importado dentro da cota de 15% e, para os produtos de fora da cota, de 60%. Apesar destas cotas sujeitas a tarifas, as importações líquidas da Rússia atingirão seu pico em 2008, de 1,2 milhões de toneladas. A partir de então, uma leve recuperação na produção reduzirá as importações para o resto da década. Uma lenta recuperação nos números de bovinos, somada ao crescimento econômico e populacional levará o México a importar mais carne bovina; as importações atingirão 736 mil toneladas em 2017.
Tabela 1. Comércio de carne bovina e de vitelo