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Farsul apóia exportação de gado em pé para Líbano

A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) divulgou nota em que a Comissão de Pecuária de Corte da entidade manifesta apoio à exportação de bezerros vivos para o Oriente Médio. A exportação de gado em pé tem provocado a reação dos frigoríficos, que temem a escassez de boi gordo com a continuação dos embarques.

Para o presidente da Associação Rural de Pelotas, Elmar Hadler, a economia regional tem tido vantagens com o negócio: “São R$ 4,5 milhões que circulam na região, além da criação de cerca de 100 empregos diretos e 900 indiretos”, disse. Parte do lote de 11 mil animais já está aguardando o embarque no parque do Sindicato Rural de Pelotas, em período de adaptação ao regime de confinamento do navio. Cerca de 400 toneladas de ração e feno foram comprados para alimentar o gado até a chegada ao porto de Beirute. De acordo com o corretor Antônio Carlos Gonçalves, a empresa Livestock International, que trocou o nome para Angus Trade, comprou o lote de 120 produtores gaúchos.

A preferência foi por animais com predomínio de raças européias e peso entre 150 e 400 kg. A empresa pagou R$ 1,56 kg/vivo à vista. Gonçalves afirma que a Angus Trade pretende fazer compras regulares e que veio para ficar. Já o produtor Elmar Hadler prevê que os negócios continuem apenas enquanto o preço do gado estiver baixo, mas ressalta que a alternativa representa um alívio para os pecuaristas que precisam saldar compromissos emergenciais. E que a polêmica tem o mérito de reunir novamente a cadeia produtiva em torno da mesa de negociações.

Fonte: Estadão/Agronegócios (por Lorena Schuchmann), adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Márcio Steffens disse:

    Existem alguns princípios básicos para alcançar o crescimento.

    Atualmente, a passos largos o Rio Grande do Sul vêm demonstrando a capacidade de desenvolver estratégias para crescer lado a lado com o mercado bovino.

    Portanto, o apoio da Farsul é de extrema necessidade. As exigências impostas pelos clientes na compra (raça européia, peso entre 150 e 400 kg) demonstrando assim que o RS tem muito potencial a ser explorado na criação bovina.

    Aceito com insatisfação o comentário do artigo onde se refere ao preço do kg vivo, onde o valor está acessível para compra e que se o kg no decorrer do ano subir os compradores provavelmente não investirão no RS.

    Portanto, os pecuaristas terão que torcer para que seja mantido o equilíbrio desses valores sendo que há alguns anos luta-se para elevar os valores do kg vivo decorrente aos investimentos necessários para criar, recriar e engordar nosso rebanho e muitas também desenvolvem trabalhos genéticos para aumentar ainda mais a excelência da criação.

    Desculpe-me, mas R$ 1,56 ainda é muito baixo, está no nível atual, porque convivemos com estes valores há muito tempo, virou hábito.

    Acho que o custo quase acaba se igualando ao preço de venda, será?