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Farsul não se contenta com decisões do Mapa

O setor produtivo da carne não amenizou as críticas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mesmo com a decisão de manter permanência de 40 dias na base de dados do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov), para quem solicitou registro de colocação de brincos até o dia 26 de maio, num prazo de 60 dias.

“Não adianta nada”, disse o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Fernando Adauto de Souza. “Resolve de repente para os fabricantes de brinco”. A grande dificuldade, alega Souza, é com relação à instrução normativa 88, que determina que o animal cadastrado após 31 de maio ficará 90 dias na base de dados do Sisbov. “Isso é viável para abate feito em novembro, mas nesta época ele tem que ser tirado da lavoura”, protestou o dirigente.

A cadeia da carne pede prorrogação dos prazos das instruções normativas 88 e 21, lançadas, respectivamente, em dezembro de 2003 e abril deste ano, até que sejam formuladas novas normas no Sisbov “passíveis de serem atingidas”.

Em recente reunião no Fórum Nacional de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, foi entregue documento com o pedido ao secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Maçao Tadano. Os pecuaristas alegam que as exigências do Sisbov podem comprometer as exportações brasileiras de carne. “Se os gargalos existentes não forem resolvidos, como a falta de brincos e os problemas no banco de dados, podem faltar animais para exportação”, garantiu o presidente do Fórum, Antenor Nogueira.

Ele destaca ainda que “as agências de defesa estaduais não estão estruturadas, as empresas certificadoras não estão conseguindo atender ao setor e até o banco de dados do Sisbov não está devidamente preparado”. Em sua avaliação, os problemas aumentaram com o fluxo de animais que estão sendo registrados.

Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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