Interações entre manejo e nutrição na qualidade final de carcaças bovinas – 2
24 de novembro de 2005
Márcia Dutra Barcellos, Médica Veterinária, Doutoranda e Pesquisadora da UFRGS, Diretora do Programa Carne Angus Certificada da Associação Brasileira de Angus
28 de novembro de 2005

FAS: Comércio de carnes deve atingir recorde em 2006

O Serviço Agrícola Externo (Foreign Agriculture Service – FAS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) previu que o comércio global de carnes – bovina, suína e de aves – atingirá níveis recordes em 2006, apesar da instabilidade causada pelos contínuos surtos de doenças e suas restrições comerciais resultantes.

“Apesar de a gripe aviária na Ásia e na Rússia, da febre aftosa no Brasil, bem como das restrições comerciais à carne bovina dos EUA e do Canadá devido à Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) terem sem dúvida impactado no comércio global e continuem sendo motivo de preocupação, o consumo de carne entre os principais países consumidores continua aumentando, estimulando a produção e o crescimento nas exportações”, disse o FAS.

O crescimento econômico mundial deverá permanecer forte durante o ano de 2006 – aproximadamente no mesmo nível de 2005. O ambiente econômico positivo previsto promoverá investimentos na produção e na capacidade de processamento de carnes nos países de grande produção de bovinos, suínos e frangos.

“Os produtores e processadores nos países exportadores em ascensão estão investindo em uma série de projetos de melhoria da capacidade e da qualidade, como na modernização e na construção de plantas de abates no Brasil e na expansão de estabelecimentos de engorda na África do Sul. Entretanto, existem casos em que o crescimento econômico não será suficiente para suportar o crescimento na produção e no processamento”.

Taxas de câmbio favoráveis capacitaram os EUA a continuar com preços competitivos, disse o FAS. O enfraquecimento do dólar dos EUA tornou as exportações de carnes vermelhas e de frango dos EUA mais competitivas nos mercados mundiais desde 2003. Apesar de não haver previsão de mais desvalorização do dólar dos EUA comparado com os países competidores, como Brasil e Austrália, em 2006, as favoráveis taxas de câmbio darão às exportações dos EUA uma vantagem competitiva.

O FAS disse que a febre aftosa no Brasil terá um impacto mínimo no atual fluxo comercial de carnes. “O Brasil transferirá a produção de carne bovina para os estados livres de febre aftosa para suprir a demanda de exportação em 2006, particularmente para a Rússia”.

Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint

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