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Fazenda Água Milagrosa – liderança centenária

A Fazenda Água Milagrosa, www.aguamilagrosa.com.br, é conhecida no Brasil como o berço da raça Tabapuã, o mocho Tabapuã, que ao longo de sua história já conquistou 1.117 troféus em diferentes exposições e provas, como os que destacam ganhos de peso. A fazenda é resultado do trabalho do engenheiro dinamarquês Charles Arthur Edwin Ortenblad, no final do século 19. Situada no município de Tabapuã (SP), a propriedade, inicialmente, dedicava-se à monocultura cafeeira. Foi a pioneira no plantio de seringueira no Estado de São Paulo, ainda na década de 1940. Em convênio com a Secretaria de Agricultura, formou e vendeu milhões de mudas de seringueira, que hoje formam boa parte dos seringais paulistas e até de outros estados.

As atividades da fazenda (hoje com 3.050,70 hectares), foram sendo substituídas com o passar dos anos. Além de manter, desde 1940, o desenvolvimento da raça Tabapuã, a Fazenda Água Milagrosa dedica-se especialmente à citricultura, à cana-de-açúcar e ao seringal.

A fazenda, na realidade, é uma empresa rural tecnificada, informatizada, e com rígido sistema de controle de custos. Tem corpo técnico gabaritado e mantém constante programa de treinamento de mão-de-obra quanto às atividades a que se dedica, como também de prevenção de acidentes. Para chegar a esse patamar, desenvolveu sistemas e manuais de treinamento atualmente utilizados por diversas empresas agropecuárias e que servem até de parâmetro para alguns órgãos governamentais.

Uma preocupação permanente na Água Milagrosa é a preservação do meio ambiente, através de manutenção de extensas áreas de matas nativas, ricas em flora e fauna; proteção de mananciais com matas ciliares; constante programa de conservação de solo, além de equilíbrio biológico, que diminui a necessidade de uso de defensivos agrícolas.

Pela excelência que imprime às suas atividades, a Água Milagrosa é tema constante de reportagens em jornais, revistas, televisão e Internet. Recebeu, ainda, diversos prêmios, comendas e medalhas. Arthur Ortenblad, que trabalhava na companhia de estrada de ferro que deu origem à Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.), em razão de suas muitas viagens, entre os anos 1880 e 1890, comprou a primeira gleba de terra na região. Casou-se com a imigrante italiana Izabel Margarida Lerro, de quem teve dois filhos, Rodolpho e Alberto. O patriarca da família Ortebland, que morreu em 1938, investiu então no plantio de café e na construção de casas e outras benfeitorias. Da gleba inicial, a Fazenda Água Milagrosa chegou a ter 1 milhão de pés de café.

Nas décadas de 1950 e 1960, o herdeiro da fazenda e criador da raça Tabapuã, Alberto Ortenblad, falecido em 1994, preocupado com a extinção de variedades florestais, plantou, com recursos próprios e sem qualquer subsídio, cerca de 150 hectares com essências florestais nativas já em vias de extinção, o que lhe valeu, em 1967, a “Medalha de Mérito Florestal”, concedida pessoalmente pelo Presidente da República. (O irmão dele, Rodolpho Ortenblad, falecido em 1995, ficou com a outra fazenda da família, a Santa Cecília, ainda existente no município de Uchoa, São Paulo.)

A Fazenda Água Milagrosa foi vendida, em março de 2005, ao empresário Fábio Zucchi Rodas.

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