Mesmo com a guerra, importação de adubos cresceu 15% até julho
16 de agosto de 2022
Masterboi inaugura seu primeiro frigorífico na região Nordeste
16 de agosto de 2022

Ferramenta da Embrapa mensura pegada de carbono de produtos agropecuários em nível municipal

A Embrapa tornou disponível uma ferramenta online que dá acesso aos dados da pegada de carbono de diversos produtos agropecuários em nível municipal em todo o Brasil. A nova versão do método BRLUC (Brazilian Land Use Change) traz informações mais acuradas sobre o processo de mudança no uso da terra, responsável por 66% das emissões de CO2 no Brasil em 2020, segundo a estatal.

Esse tipo de dado é requerido na maioria dos protocolos internacionais de pegada de carbono. Com a ferramenta, é possível analisar o uso da terra no passado e a diferença de estoque de carbono entre o uso anterior e o atual.

“O ideal nesses estudos é o levantamento de dados em nível de talhão ou de fazenda, mas muitas vezes isso é inviável, seja por falta de informações ou pelos altos custos e tempo envolvidos. O método BRLUC foi desenvolvido para suprir essa necessidade, disponibilizando dados em nível municipal, de forma aberta e em conformidade com os protocolos internacionais”, diz Renan Novaes, analista da Embrapa Meio Ambiente e um dos coautores do método, em nota.

Maior precisão

A nova versão do método, chamada de BRLUC 2.0, traz melhorias que permitem maior precisão nas estimativas de emissões, como o uso de dados de conversão de terras espacialmente explícitos do MapBiomas, estatísticas agrícolas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estoques de carbono regionalizados de fontes reconhecidas, como IPCC e inventário nacional de gases de efeito estufa e uma abordagem de responsabilidade compartilhada entre as lavouras.

Algumas estimativas, por exemplo, devem ser substituídas. A nova versão associou à agricultura a emissão de 911 Mtons de CO2 em 2019 por mudança no uso da terra, sendo 81% destas relacionadas a pastagens plantadas. As taxas de emissões medidas agora são menores para cana-de-açúcar (97%), milho (38%) e soja (85%).

Fonte: Valor Econômico.

Os comentários estão encerrados.