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FGV e Fipe apontam aumento da inflação em janeiro

A inflação ao consumidor começou o ano em alta, puxada pelo aumento da tarifa de ônibus e dos preços dos alimentos, revelam dois índices de preços divulgados ontem. Em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) subiu 1,34% em São Paulo e atingiu a maior marca mensal em quase sete anos. O Índice de Preços ao Consumidor-Semanal (IPC-S) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) teve trajetória semelhante ao IPC-Fipe e subiu 1,29% em janeiro.

A inflação ao consumidor começou o ano em alta, puxada pelo aumento da tarifa de ônibus e dos preços dos alimentos, revelam dois índices de preços divulgados ontem. Em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) subiu 1,34% em São Paulo e atingiu a maior marca mensal em quase sete anos, desde fevereiro de 2003 (1,61%). Em dezembro, o IPC tinha subido só 0,18%.

O Índice de Preços ao Consumidor-Semanal (IPC-S) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) teve trajetória semelhante ao IPC-Fipe. Subiu 1,29% em janeiro, após ter aumentado 0,24% em dezembro. Em São Paulo, o resultado do IPC-S foi ainda mais elevado que a média das sete capitais: subiu 1,75%, maior alta em sete anos.

“A arrancada da inflação neste começo de ano foi mais forte do que o esperado”, afirmou o coordenador do IPC-Fipe, Antonio Evaldo Comune. A projeção inicial para janeiro era que o IPC-Fipe encerrasse o mês com elevação de 1,01%. O fator que escapou das previsões foi a alta dos preços dos alimentos, que ficaram 1,52% mais caros em janeiro, após ter registrado retração nos preços de 0,24% em dezembro.

Afetados pelas chuvas, os alimentos in natura subiram 4,44% no mês passado. Comune destaca a elevação das carnes bovinas (1,27%), das massas (0,69%) e do arroz (5,33%), produtos influenciados pelo câmbio que se desvalorizou cerca de 8% em janeiro.

Apesar da aceleração dos preços dos alimentos ter surpreendido, esse grupo de produtos contribuiu com parcela importante, porém menor, para a alta da inflação de janeiro. Do IPC-Fipe de 1,34%, a alimentação respondeu por 26% da alta ou 0,34 ponto porcentual. A maior parte da variação veio do grupo transportes, que foi responsável por 54% do resultado do indicador ou 0,72 ponto porcentual.

Diante do resultado de janeiro, a Fipe introduziu o viés de alta para o desempenho da inflação neste ano, estimada em 4,5%. Para fevereiro, Comune reviu a projeção de 0,58% para 0,60%, em razão do aumento do metrô e do IPTU.

A matéria é de Márcia De Chiara, publicada no jornal O Estado de S. Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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